domingo, 29 de janeiro de 2017

Astana Summit on Syria : Talks? No talks. No thanks.

 
A solidariedade dos judeus com os demais seres humanos, imaginada, desejada, praticada pelos humanistas anti-sionistas, incentivada no vídeo acima, está no seio dos palestinos.
Exemplo disso, uma família na Cisjordânia - humilhada, maltratada e com a liberdade tolhida do início ao fim do dia - foi quem ministrou os primeiros socorros às vítimas - "colonos" israelenses - de um ônibus acidentado em uma estrada - exclusiva aos invasores - em seu território ocupado. para a polícia de Israel pedindo socorro aos compatriotas desta e ficaram salvando os feridos até a chegada das ambulâncias israelenses. Que, diga-se de passagem, chegaram em seguida - pois não ficam bloqueadas horas a fio nos checkpoints como as palestinas ficam para que os feridos ou doentes morram por falta de assistência médica. Aliás, esta é uma das inúmeras modalidades de holocausto que Israel pratica na Palestina. Todo dia.
Israel is the only country in the world with juvenile military court... for Palestinian minors. 10 to 17-year-old boys and girls taken from their beds in the night... Kidnapped, abused, tortured, with no human rights whatsoever.
O dia 27 de janeiro é o Holocaust Day. Dia de celebração das milhões de vítimas nazistas durante a Segunda Guerra. Alguns aproveitam para lembrar os holocaustos contemporâneos, como o apartheid, o genocídio e a limpeza étnica que Israel promove, impunemente, na Palestina, desde 1948.

Fidel, em 2014, durante a carnificina da Operation Protective Edge, escreveu um artigo no Granma que foi reproduzido em meia dúzia de jornais no mundo. Eis um extrato do mesmo, em inglês:  
"The Nazi genocide of Jews outraged all the earth’s peoples. Why the Israeli government believe that the world will be insensitive to the macabre genocide which today is being perpetuated against the Palestinian people? Perhaps it is expected that the complicity of the U.S. empire in this shameful massacre will be ignored?...  
The human species is living in an unprecedented stage of history. A crash between military planes or warships which are closely watched, or other similar events could unleash a conflict with the use of sophisticated, modern weapons, which could become the last known adventure of Homo sapiens."      
Em homenagem às milhões de vítimas do holocausto da Segunda Guerra no século XX - judeus, ciganos, homossexuais, deficientes físicos, comunistas, opositiores humanistas ao hazismo, e em homenagem às vítimas palestinas do holocausto que Israel patrocina no século XXI de maneira mais sofisticada do que os nazistas, antes de abordar o assunto principal da semana passada, presentei-os com duas ótimas reportagens da Abby Martin. Feitas durante sua estadia na Palestina.
Aliás, vendo essa menina trabalhar, fico tranquila. Ela não vai deixar a peteca cair. Com ela na jogada e mais um punhado de jovens jornalistas lúcios, humanistas e brilhantes, nós que começamos a carreira antes de eles nascerem, e praticamos hornalismo como uma missão que vai além da profissão remunerada, podemos pendurar as chuteiras quando quisermos, despreocupados. O futuro do jornalismo-missão está assegurado.
Empire Files 1: Israel Accelerates Land Theft & Home Demolitions.
The demolition of Palestinian homes for Israeli settlements reached a ten-year high in 2016. While this activity led by the fanatical settler movement is illegal under international law, it is completely aided and abetted by the Israeli government. With hundreds on notice to be evicted and their homes destroyed, Abby Martin goes on-the-ground throughout the West Bank investigating this dire human rights situation. She speaks to residents living under regular settler attacks from encroaching settlements and outposts illegal even under Israeli law, and sees first-hand how this crisis is worsening.
Empire Files 2:   Inside the Hotbeds of Israeli Settler Terror
Abby Martin goes on-the-ground to the epicenters of state-backed settler terrorism in Palestine’s West Bank, in Part II of her report on illegal Israeli settlements and home demolitions. This installment visits both the rural countryside of Duma—interviewing the surviving members of the Dawabsheh family, victims of a horrific arson attack that left three dead—and the urban center of Hebron, a glaring example of Israeli apartheid under intense military occupation.
Agora começa o artigo da semana, sobre a Síria.
Sob os auspícios das Nações Unidas e iniciativa do Kremlin, houve na semana passada na capital do Cazakistão, o que ficará conhecido como Astana Talks sobre o futuro da Síria.
O início da reunião de cúpula foi turbulento. Os líderes dos diversos grupos "rebeldes" - instalados confortavelmente em Doha e em Ankara nesses anos de guerra civil durante os quais monitoram a violência dos combatentes à salvo - fizeram seu drama de sempre forçando a barra para descartar Bashar el Assad e o Irã da equação da qual ambos são, querendo ou não, expoentes.
Os dois dias começaram mal.
Primeiro, os representantes das organizações para-militares que disputam com as forças armadas oficiais o troféu de violência na Síria desde 2011 alegaram que, apesar do cessar-fogo declarado pela Rússia no dia 29 de dezembro de 2016, ainda estavam sendo combatidos pelo exército regular em uma área de Damasco. Depois foram contrários à adição do Irã ao pacto bipartite Rússia & Turquia de garantir a manutenção do cessar-fogo; até serem obrigados a acatar as diretivas.
A consequência dessa manha foi que os delegados russos passaram os dias 23 e 24 indo de uma sala para a outra - a do governo sírio, a dos grupos de oposição (que também não falavam em uníssono), a da Turquia e a do governo iraniano.
Staffan de Mistura, o italo-sueco representante da ONU, também deu o máximo de si, mas no final, também parecia meio sem certeza de o novo mecanismo tripartite conseguir acabar com a violência e manter a trégua precaríssima. Porém, garantiu que a ONU está pronta para assistir os envolvidos no "trilateral mechanism" e "to ensure that it helps strengthen the quality of the ceasefire".
No final das discussões por grupo, em vez de em grupo como foram programadas, Rússia/Turquia/Irã lançaram um comunicado com promessas solenes de respeitar e impor as modalidades necessárias a um cessar-fogo real.
Moscou foi mais longe ainda. Propôs e entregou a todos os beligerantes um rascunho de constituição para o país desgovernado. Esta não foi feita da noite pro dia. Estava sendo estudada há meses nos bastidores diplomáticos.
Quanto a ela, o representante de Putin, Alexandre Lavrentiev, disse esperar que "the Syrian armed opposition in the future will be more active in the conduct of a peaceful settlement and the establishment of the constitution. The draft constitution is now in the hands of the armed opposition, and we anticipate their response, which for us is very important and interesting from the point of view of further assistance."
Em uma prova a mais da nova ordem geopolítica mundial, os Estados Unidos estavam presentes apenas com o embaixador George Krol, mero observador, em toda a extensão do termo.
In plain English, the purpose of the negotiations, which marked the first time that Syrian government officials met representatives of the main armed groups, was to focus on the military details of the ceasefire, which is needed to create space to negotiate a political settlement.
The talks in Astana were made possible by a pivot in Russia’s Syria strategy from military operations toward diplomacy, and more specifically towards engaging directly with the moderate armed opposition. Having secured the survival of the Syrian regime through military intervention, Moscow’s primary interest now lies in ending the Syrian conflict.
As a way of maintaining leverage in Syria, Moscow is transforming itself from combatant to peacemaker (a role that it should have tried much earlier in the conflict). Even after its bombing campaign, Russia — with Turkish backing — enjoys more credibility with the armed opposition than Iran, and is now wielding soft power.
Russian state television has now ceased to refer to all the armed opposition as “terrorists,” adopting a more neutral tone. In addition to presenting the opposition with the Russian blueprint of a future Syrian constitution, Russia is reaching out to the political factions of the Syrian opposition, with invitations such those of the Cairo and Riyad groups to Moscow to meet with Russia’s Foreign Minister Sergei Lavrov last Friday.
Furthermore, Moscow is clearly distancing itself from Teheran.While Iran is betting on maintaining leverage in Syria the power through its militias, Russia is seeking to recreate a strong Syrian state with a monopoly over armed force, with the regime and the opposition sharing power.
In the last months, Moscow’s efforts to put those local militias under a unified military command have been torpedoed by Iran, prompting the Russian military to train and equip its own Syrian ground units. Iran, its Shia militias and the Syrian regime have been responsible for the most serious violation of the Russia-Turkey backed ceasefire in Wadi Barada, a suburb of Damascus. No wonder the Syrian opposition groups in Astana refused to negotiate with Iran and insisted on removing Shia foreign fighters from Syria.
Moscow can live with a political settlement that leaves swaths of Syria under de-facto control of the opposition, provided they nominally “integrate” into the Syrian government structures (like Chechnya in Russia). So far, Iran and Damascus, however, cannot accept a form settlement where any opposition autonomy could stand in the way of their complete military control over Syria.
The challenge for Moscow now is to find viable levers of control over the Syrian regime and its Iranian backers to enforce the ceasefire and pressure the sides into a political settlement. In a sign that Russia is serious about pressuring the Assad regime into making concessions, the Russian military issued a statement explicitly accusing the government of violating the cease-fire.
The United States, because of its indiscriminate involvement with the armed opposition,  has been sidelined from the talks in Astana. Moscow does not want Washington to actively shape the parameters of the political settlement which is now likely to see president Assad in power at least until 2021. Nevertheless, it needs the United States and the EU to sign off on any future settlement, as well as areas under de-facto opposition control, for raising reconstruction funds from regional donors.
The Trump administration says it is willing to partner with Moscow to combat Islamic State and there are signs Moscow and Washington are already privately discussing and sharing targeting data through Turkey, since the US law bars the Pentagon from joint operations with the Russian military. Trump may waive those restrictions, but what the administration’s plan to “eradicate Radical Islamic terrorism from the face of the earth” will entail is anybody’s guess.
Meanwhile, the CIA is still dumping more than US$1 billion into extremist rebels with very very little transparency. Actually, there are no real means of determining exactly who or what the CIA is funding in Syria. Proxy wars are shrouded in secrecy by design. Syrian rebels have been funded covertly thru CIA's "black budget."
Which reminds me of Operation Cyclone in Afganistan (1979-89), which I shall bring back to light soon because I see right now history repeating itself in Syria, with terrible consequences for all.
The problem with each round of Syria peace talks, is that it is further clarified that Syrians under siege or being held in the cross fire are not the key factor in negotiations. After the last round in Astana, Iran, Russia, Turkey agreed to support a so-called ceasefire in the country, and Assad and the rebels were given 10 days to decide whether it will abide by the conditions put forth by each other.
One thing is for sure. For over five years, talks on Syria have failed because the variables do not change: an opposition that does not want to talk, Assad who wants to make sure his country stays as it was, and international actors with their own agendas and interests acting as brokers of these talks, with the added dilemma that some of these states are trying to broker the peace they have been responsible for disturbing.
As a result, the UN-hosted negotiations on the Syrian conflict planned for February 8 in Geneva have been postponed until the end of that month, Russian Foreign Minister Sergey Lavrov has said, at a meeting on Friday with Syrian opposition groups that stayed in Kazakhstan after the end of the negotiations on Tuesday without a major breakthrough.
The matter of the fact is that, no matter who is brokering the peace-talks in Syria, they are doomed to failure no matter what implementation mechanisms are used, due the lack of inner unity of purpose among the opposition and tha lack of interest on Syria's citizes.
As to that, the Syrian Observatory for Human Rights, a UK-based monitoring group, estimates that more than 310,000  people have been killed in Syria since 2011, from all sides.

Aproveito para lembrar em que pé está a Síria e a origem do conflito.
Nos cinco anos de conflito, morreram mais de 300 mil sírios, em uma população que era de 12 milhões.
Mas em guerra, estatística de mortos, está longe de refletir os danos humanos, materiais e morais no terreno. Os da Síria são como os da Faixa de Gaza. Imensos. Com a diferença é que a maioria absoluta de quem causa esses danos são os próprios sírios. 
Recapitulando, em 2011, no que ficou conhecido como Primavera Árabe, revoltas ecclodiram na Tunísia contra o ditador Zine El Abidine Ben Ali, no Egito contra o ditador Hosni Mubarak, e se propagaram pelos países árabes.
Apesar do alastramento de descontentamento, a liberdade só foi adquirida nos dois primeiros países e durante pouco tempo. Farei um balanço sobre isso proximamente.
Na verdade, os únicos ditadores que caíram foram os que perderam as graças dos Estados Unidos porque a Casa Branca já tinha substitutos em vista, prontos para a dar o golpe de morte ao movimento democrático emergente.
Nas ditaduras dod Golfo, os emires, skeiks e príncipes reprimiram com armamento pesado e continuaram intocáveis.
Enquanto nos Emirados Árabes, em Bahrein, no Qatar, Arábia Saudita e seus vizinhos reprimiam cruelmente seus cidadãos, os holofotes da grande mídia foram oportunisticamente voltados para os dois ditadores expressivos e poderosos que incomodavam Israel e os Estados Unidos - Muammar Abu Minyar al-Gaddafi, na Líbia, e Bashar el Assad, na Síria. Os demais príncipes e emires do Golfo que mantêm seus concidadãos na Idade Média, permaneceram em seus tronos dourados e nunca mais se falou nisso.
Na Líbia, tudo começou em Benghazi, capital do rei deposto por Muammar Gaddafi. E teria acabado lá mesmo, se não tivesse sido a raiva dos líderes ocidentais do ditador localizado em Trípoli. Desconsiderando história e cultura locais, a OTAN interveio rapidamente com sua potência inigualável e da mesma maneira de sempre. Primeiro armando as dezenas de facções "rebeldes" e depois bombardeando as bases de Gaddafi até deixá-lo exangue e este, na fuga, ser executado por uma horda selvagem.
Na Síria, tudo começou com passeatas nas duas principais cidades controladas pela Irmandade Muçulmana. Primeiro em Hama, com mobilizações crescentes a partir de março de 2011. Depois em Homs, a partir de maio do mesmo ano. Assad sitiou uma, depois outra, e teria dominado a revolta com facilidade, como seus vizinhos do Golfo e como o rei da Jordânia. Porém, estava condenado desde o início pelos Estados Unidos.
Como na Líbia, as armas leves e pesadas choveram de toda parte, através da Arábia Saudita, e "líderes" oportunistas, afastados a anos ou décadas do país, emergiram e monitoraram de longe os combates no terreno, cada vez mais sangrentos. As armas vinham dos fornecedores de sempre, que não faziam nenhuma distinção entre os  "rebeldes" que armavam até os dentes.
As notícias seletivas falavam nos massacres do exército oficial contra os "valentes rebeldes" e omitiam que estes estavam transformando a vida dos cristãos da cidade em um inferno. O bairro todo foi "evacuado", bombardeado, e as onze igrejas da cidade foram parcial ou totalmente destruídas. A maioria delas, centenárias.
Desde o início, as notícias foram monitoradas e selecionadas. Até hoje, através dos capacetes brancos que usam e abusam dos efeitos cinematográficos e pressionam jornalistas e funcionários da ONU que contradigam sua versão ou sua intervenção, ambigua, no terreno e seus métodos criminosos em Damasco, como o de envenenar a água.
Falando em água, por incrível que pareça a brasileiros cujo país detém a maior porcentagem de água potável do planeta, uma das razões da adesão inicial de alguns bairros populares citadinos aos rebeldes, foi um desastre natural provocado pelo aquecimento do planeta. Uma seca rigorosíssima avassalou a Síria entre 2007 e 2010, levando à migração de 1.5 milhões de pessoas do campo para as cidades. Migração grande demais para ser absorvida e por isso a pobreza foi exacerbada progressivamente, assim como o descontentamento. Que, diga-se de passagem, era muito mais econômico do que político. Ou seja, se a comunidade internacional tivesse ajudado o governo a encontrar soluções financeiras em vez de priorizar a venda de armas, hoje, a Síria estaria inteira.
Um problema conjuntural foi transformado em estrutural por interesses alheios aos cidadãos sírios. Que queriam, prioritariamente, era comida na mesa.
Pois tirando os muçulmanos sunitas, as minorias religiosas apoiam o governo de Assad e o defendem a quem se der ao trabalho de perguntar - e ousar publicar as respostas dadas.
Por quê, sendo ele um ditador tão perverso?
Porque durante os governos de pai e filho, a Síria viveu em paz relativa em uma convivência pacífica entre as diversas comunidades religiosas. Damasco e Aleppo eram um paraíso em que as mulheres cristãs andavam de cabeça alta e descoberta, assim como as muçulmanas que quisessem.  
   A relação de Assad com os palestinos sempre foi ambigua. Era o inimigo comum - Israel - que os unia. No mais, tudo os separava. Sobretudo porque os palestinos da diáspora geralmente combatem regimes opressivos. 
Quando as milícias do Nusrah&Daesh começaram a massacrar os palestinos em Yarmuk, o maior campo de refugiados palestinos no mundo, Assad cruzou os braços e seu sítio foi responsável por milhares de mortes de mulheres, crianças e anciãos, mais fragilizados. Morreram de fome, sob o silêncio internacional. Os que sobraram da população de mais de cem mil palestinos, foi parar em novos campos de refugiados no Líbano e na Jordânia. Uma tristeza, pois têm seu próprio país para morar, mas o retorno lhes é vedado pelo ocupante, com a cumplicidade da comunidade internacional.  
To make a long story short, minority religious groups support the Assad government, while the overwhelming majority of opposition fighters are Sunni Muslims. Although most Syrians are Sunni Muslims, Syria's security establishment has long been dominated by Alawites, such as the Assad family.
The sectarian split is reflected among regional actors' stances as well. The governments of majority-Shia Iran and Iraq support Assad, as does Lebanon-based Hezbollah; while Sunni-majority states including Turkey, Qatar, Saudi Arabia and others staunchly support the rebels.
In this context, foreign backing and open intervention have played a large role in Syria's civil war. First by arming the "rebels". Than, when it was understood that extremists were growing stronger, an international coalition led by the United States has bombed targets of the Islamic State of Iraq and the Levant (ISIL, also known as ISIS) group since 2014.
In September 2015, Russia, whose only military base in arab countries is located in Syria, launched a bombing campaign against "terrorist groups" in Syria, which included ISIL, as well as rebel groups backed by western states.
Since then, Russia has also deployed military advisers to shore up Assad's defences, while several Arab states, along with Turkey, have provided weapons and materiel to rebel groups in Syria.
Many of those fighting come from outside Syria. The ranks of ISIL include a large number of fighters from around the world. Lebanese members of Hezbollah are fighting on the side of Assad, as are Iranian and Afghan soldiers.
In October 2015, the US scrapped its controversial programme to train Syrian rebels, after it was revealed that Obama's administration had spent $500 millions, but only trained 60 fighters. 
Where did the money go?
On November 26, the Syrian army launched a military offensive on Aleppo. In less than a month, Syrian troops, with unfettered Russian air support, were able to recapture 90 percent of the eastern part of Aleppo. 
On December 13, the Syrian army claimed that 98 percent of east Aleppo was in the hands of Syrian government forces, as well as the capital, Damascus, parts of southern Syria and Deir Az Zor, much of the area near the Syrian-Lebanese border, and the northwestern coastal region. Rebel groups, ISIL, and Kurdish forces control the rest of the country.
The so called moderate rebel groups - whose leaders are in Turkey and in Doha - continue to jockey against one another for power, and frequently fight each other. The Free Syrian Army has weakened as the war has progressed, while explicitly Islamist groups, such as the al-Nusra Front, that has pledged allegiance to al-Qaeda, became empowered. Last July, al-Nusra front leader, Abu Mohammed al-Jolani, announced his group's name has also changed, under the advise of Qatar and Saudi Arabia, to Jabhat Fateh al Sham, or The Front for liberation of al Sham - but its cruelty remains unchanged. 
In 2013, ISIS emerged in northern and eastern Syria after overrunning large portions of Iraq. The group quickly gained international notoriety for its brutal executions and its energetic use of social media.
Meanwhile, Kurdish groups in northern Syria are seeking self-rule in areas under their control. This has alarmed Turkey's government, which fears its large native Kurdish population may grow more restive and demand greater autonomy as a result.
Last August, Turkish troops and special forces, backed by the Free Syria Army, launched Operation Euphrates Shield against ISIS to liberate the strategic Syrian city of Jarablus on the border with Turkey. 
Euphrates Shield operation is the first official Turkish ground intervention in Syria since the Syrian crisis started in 2011.
The mainstream media have been bias about Syrian civil war since the beginning influencing Western public opinion; to the point of turning Al Qaeda into a US Ally.
Meanwhile it has forgotten that the Syrian tragedy has been creating profound effects far beyond the country's borders. Lebanon, Turkey and Jordan are now housing large and growing numbers of Syrian refugees, many of whom have attempted to journey onwards to Europe in search of better conditions.
Fighting has occasionally spilled over from Syria into Lebanon, contributing to the country's political polarisation, mostly in the northern cities, such as Tripoli. 
Several rounds of peace talks have failed to stop the fighting. 
But with much of the country in ruins, millions of Syrians having fled abroad, and a population deeply traumatised by war, one thing is certain: Rebuilding Syria after the war ends will be a lengthy, extremely difficult process. As it happens in all civil wars.
The one per cent that control the world wil come running to collect the spoils of war. As they are doing in Lybia, while the population strugle to survive, to eat and miss Muammar Gaddafi badly. Afer all.
Inside Story: What triggered the infight among Syrian rebels?
 
  PALESTINA 
Russia's influence can already be felt in the Middle East. Osama Handam, spokesman of Hamas, anounces on Upfront the upcoming new charter of his party, which certainly includes the two states solution and may eliminate its anti-Semitic language.
"When we are talking about the Jews, we are not against their religion, we are not against their beliefs, we are not against them as a people," says Hamdan. "We are against the one who is occupying our cities, villages."
When asked about an independent Palestine, Hamdan said they would support a "Palestinian state on the lines of June 4, 1967, including the right of return and Jerusalem as a capital for the state", but declined to call it, upfront, a "two-state solution".
 Já faz anos que o Hamas mudou sua posição, mas a grande mídia não estava interessada em veicular esta mudança. Agora o Hamas resolveu fazer declaraçõs públicas, em alto som, porque está sentindo que o roubo de terra e a limpeza étnica de seu povo está aumentando sem parar na Faixa de Gaza com o bloqueio e os massacres, e na Cisjordânia com a ocupação e as invasões civis chamadas, erroneamente, assentamentos e a solução dos dois Estados é crucial para a sobrevivência dos palestinos.


PS USA: Donald Trump said construction of a border wall between Mexico and the United States would start within "months." Mexican architects visualized the wall, estimated to cost $25 billion, to show how unrealistic it the idea is.
By the way, Shocked by Donald Trump's 'travel ban'? Israel has had a similar policy for decades, explains Ben White.
Another dangerous legacy that Obama left to Trump is very lethal for our Continent - The US school that trains dictators & death squads. 
On November 22 2016, thousands gathered at the gates of Fort Benning, GA at the 25th annual protest of the School of the Americas to memorialize the tens of thousands of people who lost their lives at the hands of the U.S. Empire’s brutally repressive juntas it used to rule Latin America by force.
The dictators and death squad leaders, who committed acts of genocide, were trained within the gates of Fort Benning, at the School of the Americas – otherwise known as the “School Of Assassins.”
Abby Martin investigates this notorious school that is largely hidden from the American public; it’s crimes around the world, its star graduates, why it exists and the movement to shut it down - which Obama refused to do.
Featuring interviews with School Of the Americas Watch founder Father Roy Bourgeois and other SOAW leaders. 

domingo, 22 de janeiro de 2017

Goodbye Obama. Watch out for your dangerous legacy!

 
Obama, too little, too late 
Donald Trump já está sentado no trono da Casa Branca.
Portanto, este é o último artigo que escreverei sobre Barack Obama. 
Antes de passar o tool kit autoritário-governamental para seu sucessor, Barack Obama teve o cuidado de brilhar até seu último suspiro como presidente dos Estados Unidos.
Primeiro, atraiu os holofotes da grande mídia em dezembro de 2016 com a abstenção dos EUA na resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU condenando as invasões ilegais israelense na Cisjordânia.
E assim foi tentando deixar uma boa lembrança, ou seja, do que deveria ter sido em vez do que foi concretamente.
Na semana passada chegou ao climax com a anistia de 330 pessoas até o último dia. Commute sentences é uma prerrogativa do presidente dos Estados Unidos. Todos a usam no fim do mandato, e algumas vezes, durante o governo. Obama, durante os oito anos, exerceu esse direito libertando 1.715 detentos por razões diversas.
Os dois mais célebres ficaram para o fim. Para servirem o propósito desejado do impacto inesquecível.
Oscar López Rivera foi um dos anistiados.
O ativista porto-riquenho passou 35 anos de vida preso sem ter cometido nenhum crime. Foi posto atrás das grades por seu papel proeminente na luta pela independência de Porto Rico. Foi acusado  e condenado por “seditious conspiracyfor plotting against the US. E como a condenação foi de complotar contra os EUA e não de lutar pela independência de seu país, foi classificado também como terrorista.
Oscar López Rivera me lembra Marwan Barghouti, o líder palestino detido nas masmorras israelenses desde o dia 15 de abril de 2002 por ser figura de proa na Segunda Intifada que buscava liberdade, autonomia, dignidade e cidadania para um povo oprimido e abandonado.
É claro que os crimes bárbaros cometidos por Israel na ocupação ilegal da Palestina são incomparáveis com a ganância dos Estados Unidos. É claro também que Obama é manipulável, mas não é vil como o primeiro ministro de Israel e a Clinton. Mas Obama está longe, insisto, de ser o grande homem que a grande mídia pinta.    
Oscar López Rivera, como Marwan Barghouti, é um homem pacífico, centrado, seus únicos pecados são lucidez e sede de justiça.
Em uma entrevista recente ao Guardian, Oscar reiterou sua fé na causa nobre de obter soberania total para seu país - não se há de esquecer que Porto Rico ainda é classificado como US “territory”.
A libertação de Oscar é uma prova a mais da fachada hipócrito-progressista de um Obama que, no final das contas, não sacudiu árvores e nem quis mudar nada na Casa Branca. Em vez de dar a Porto Rico a soberania legítima de nação, merecida, libertou um homem de 74 anos. Um homem que combateu pelos EUA no Vietnã, que aprendeu então que a luta armada era uma arma válida e aderiu às Fuerzas Armadas de Liberación Nacional, movimento de libertação que realizou 140 atentados contra alvos do ocupante estadunidense, tais como bases militares, prédios administrativos e financeiros. Tática que López Rivera não aprovava e que chamava de propaganda armada.
O grupo de resistência armada foi desmantelado em 1983 e seus membros aderiram à luta diplomática. Que até hoje não valeu a Porto Rico a soberania almejada; que, diga-se de passagem, poderia ter sido conseguida se o presidente dos Estados Unidos tivesse desejado.

A outra anistia expressiva internacionalmente foi a de Chelsea Manning. Ex-GI de coragem admirável e um senso de justiça que se traduz em atos concretos em prol da verdade e por que não dizer, da humanidade..
Seu crime?
Foi um valioso whitleblower dos crimes de guerra cometidos pelos Estados Unidos nos países que os GIs e os SEALs invadiram e ocuparam em seguida.
Recapitulando, retornemos ao dia 28 de novembro de 2010 quando o Guardian provocou um terremoto na Casa Branca, CIA e Pentágono com as denúncias bem fundadas, dentre outros, de um GI com a consciência extremamente pesada.
A revelação chegou junto com muitas da WikiLeaks que confiou ao jornal inglês mais de 250 mil cabos secretos provenientes de embaixadas estadunidenses. Dentre eles, revelações como a de a Arábia Saudita e seus cúmplices árabes instarem os EUA a bombardearem o Irã e de que os EUA espionavam a cúpula das Nações Unidas.
Além destas duas informações de peso na geopolítica, soube-se que os EUA levantavam rumores que o FSB russo (sucessor do KGB) usava chefes da máfia para operações criminosas, insinuando que o país virara um "virtual mafia state".  Outras conversas de menos importância global vazaram, tipo ataques pessoais contra Putin e Merkell, mas o mais importante foi a confirmação da irresponsabilidade geopolítica dos EUA, já que os cabos reconheciam que "doadores" sauditas eram the biggest financiers of terror groups, e mesmo assim a Casa Branca protegia os príncipes de Ryad porque lhes convinha, a curto prazo. O Estado Islâmico despontava e os "policiais do mundo" assistiam, calados e de braços cruzados.
Veio à tona também cover ups organizados pela CIA e o Pentágono, tais como corrupção no Afeganistão, ameaça nuclear no Paquistão, torturas e abusos no Iraque, e aviões estadunidenses que bombardeavam alvos no Yêmen tidos como base do Al Qaida. Uma conversa entre o general David Petraeus, então US commander in the Middle East, e o presidente yemenita Abdullah Saleh em que este dizia: "We'll continue saying they are our bombs, not yours;" revelou que a intervenção dos EUA de então prenunciou o caos atual.
As revelações de WikiLeaks provaram sobretudo o que muitos já sabiam: ninguém, nenhum dirigente estrangeiro - nem o secretário geral das Nações Unidas - estava a salvo da espionagem e da interferência direta e indireta dos Estados Unidos. Pois Washington além de usar as informações como meio de chantagem, como faz Tel Aviv, usa/va-as para influenciar negociações e as informações ou contra-informações divulgadas pela grande mídia.
Na época, a Casa Branca lançou um comunicado de imprensa que, como sempre, insultou nossa inteligência: "Such disclosures put at risk our diplomats, intelligence professionals, and people around the world who come to the US for assistance in promoting democracy and open government. By releasing stolen and classified documents, WikiLeaks has put at risk not only the cause of human rights but also the lives and work of these individuals."
Mas WikiLeaks continuou firme, mudando a face do mundo. É uma defesa cidadã contra as manipulações da Casa Branca que influenciam o destino de todos os cidadãos do planeta. Pois revelou que the US uses its embassies as part of a global espionage network, com "diplomatas" cujas tarefas são de grampear uns e outros a fim de obter detalhes pessoais, número de cartão de crédito (para saber o que e onde o cidadão consome), impressão digital  e até DNA.
A informação mais controvertida foi sobre a liderança da ONU. Mas Ban Ki Moon também dobrou-se aos EUA só dizendo "We are aware of the reports," e ficou por isso.
Foi aí que emergiu o nome de Bradley Manning, há sete meses trancafiado em um presídio militar. Era ele o delator de relatórios militares em julho e outubro sobre o Afeganistão e o Iraque, cuja identidade não fora até então revelada.
Hoje com a identidade feminina de Chelsea, Manning foi o whistleblower que mais sofreu nas mãos da injustiça estadunidense.
Manning exposed serious abuses , and as a result her own human rights have been violated by the US government for years.“I was stripped of all clothing with the exception of my underwear. My prescription eyeglasses were taken away from me and I was forced to sit in essential blindness.”Those words were part of an 11-page letter written by Chelsea Manning and passed to the Guardian in March 2011 in which she outlined the harsh treatment to which she was being subjected in prolonged solitary confinement in the military brig at Quantico base in Virginia.
Ela foi a whistleblower mais importante dos EUA desde Daniel Ellsberg, que em 1971 fez a denúncia do que ficou conhecido como Pentagon Papers sobre a guerra do Vietnã. Aliás, Daniel, ao ouvir a notícia da anistia de Chelsea ficou satisfeito:“Once in a while, someone does what they ought to do. Some go to prison for it, for seven years; some accept exile for life. But sometimes even a president does it. And today, it was Obama.”
As denúncias de Chelsea foram únicas e lavaram a alma dos jornalistas que realmente cobrem conflitos em que os Estados Unidos estão envolvidos - quase todos que incendeiam o mundo. Na época, as revelações inclusive ajudaram a pôr fim à ocupação selvagem do Iraque.
A retaliação do governo de Barack Obama foi destruí-la, literalmente.
Antes da anistia, um de seus amigos e advogados de defesa, relatou assim seu suplício:  "Chelsea suffered beyond what is imaginable for most people. She was held incommunicado during pre-trial confinement, so that the American people could not hear her voice and her reasons for what she did. She was then, according to the UN special rapporteur on torture, treated in a “cruel, inhumane and degrading way” before her trial by the US military.Then, she was given a heartbreakingly long 35 year sentence, longer than most actual spies, and for that matter rapists and murderers. She faced the prospect of spending the rest of her life behind bars, where she was continually and harshly punished for trivial violations. Recently, she had been put in solitary confinement – a macabre punishment for attempting suicide. No matter your political leanings or views on the role of leaks in our democracy, the treatment Chelsea has suffered over the last ten years is shameful."
Pois é, Chelsea recebeu o mesmo tratamento desumano que recebem os prisioneiros que os Estados Unidos acusam de terrorismo.
Dito isso, once again, the commutation of Chelsea Manning cannot be looked at in a vacuum. President Obama, while commendably showing her mercy, also oversaw a Justice Department that prosecuted more whistleblowers than all other administrations combined, while permeating an unmistakable chill over investigative reporting and press freedom.
Algumas pessoas, inclusive eu, argumentam que a única razão para Obama anistiar Chelsea Manning, além de não querer ter sua morte na consciência, foi a de não querer passar para a história como o presidente estadunidense que mais perseguiu e puniu cidadãos que delatam crimes para servir a Justiça una e indivisível.
Além do recorde do maior número de assassinatos por drones, de ter permitido a instalação do maior número de colonos israelenses na Cisjordânia, Obama ficará para a história com mais este, de maior perseguidor de whistleblowers.  
Por isso, e outras coisas que já disse anteriormente, espero que a anistia tardia de Chelsea Manning não absolva Barack Obama de seus erros, bem maiores do que os acertos.
In the end, Obama shall go down in history as the president who prosecuted more leakers and whistleblowers than all other administrations combined.
É um fato indelével e indiscutível que não pode ser apagado pela hasbara e nem ela cumplicidade da chamada grande mídia.

Falando em intervenção estadunidense em seara alheia e em traidores da pátria, o traíra Temer, que ocupa o Palácio do Planalto em Brasília, também traiu (trai?) nossa pátria amada (Salve! Salve!) complotando com os Estados Unidos, como o ditador do Yêmen e os ditadores árabes fazem regularmente.Lembre-se com este vídeo.
Trocando em miúdos, é incrível que nesse contexto em que as falcatruas realizadas pelos Estados Unidos no campo da espionagem, intervenção diplomática e militar em nação estrangeira, são públicas - assim como derrubadas de governo na África, Ásia, Europa do Leste, como no nosso Cone Sul com a Operação Condor e o atual golpeachment contra a presidente eleita Dilma (para pôr em seu lugar o fantoche que atuou como informante dos EUA, complô denunciado pela wikileaks e abafado pela mídia golpista brasileira) Obama e a Clinton tenham ousado "denunciar" interferência da Rússia nas eleições dos Estados Unidos!

Quando se pensa que os EUA atingiram o cúmulo do absurdo, a Casa Branca ainda consegue surpreender o mundo.
Truth be told, the Russian government may have hacked the DNC and Clinton campaign emails, and it may have given those emails to WikiLeaks (which only proves that when you live by the sword...).
But that’s hardly a slam dunk. 
There are no proofs whatsoever. 
There are only rumours, and hasbara. Tons of hasbara. 
Actually, the recent report from the office of Director of National Intelligence James Clapper underwent a cogent critique even by former Associated Press and Newsweek reporter Robert Parry. Stripping the 25-page DNI report down to its essence, Parry pointed out the same as we did; that is, that it “contained no direct evidence that Russia delivered hacked emails from the Democratic National Committee and Hillary Clinton’s campaign chairman John Podesta to WikiLeaks. The DNI report amounted to a compendium of reasons to suspect that Russia was the source of the information — built largely on the argument that Russia had a motive for doing so because of its disdain for Democratic nominee Clinton and the potential for friendlier relations with Republican nominee Trump. But the case, as presented, is one-sided and lacks any actual proof.”
De fato, o tal relatório divulgado pelo governo Obama tem tantas lacunas quanto os buraquinhos de uma peneira. Para começar, faltam provas que confirmem a verborrea propagandista.
What is missing from the public report is hard evidence to back up the agencies’ claims that the Russian government engineered the election attack. There is no discussion of the forensics used to recognize the handiwork of known hacking groups, no mention of intercepted communications between the Kremlin and the hackers, no hint of spies reporting from inside Moscow’s propaganda machinery.
Check it out below, On Contact
Mas os gringos sabem, melhor do que nós, que a verdade e a mentira não importam. A propaganda é a alma do negócio. Por isso fabricaram - como no pré-bombardeio do Iraque - uma avalanche de frases ditas com a contundência necessária a semear dúvida na cabeça do comum dos mortais e encher espaço de jornal, e pronto. Mesmo sem provas, Putin foi julgado e condenado culpado. Como para a Ucrânia, onde a CIA intalou dezenas de postos para fomentar "inssurreição popular" que derrubasse o presidente pró-russo, e conseguiu seu objetivo: des/controlar o país, fragilizar as fronteiras russas e ostracizar o Kremlin.
Tudo isso pondo a culpa em Putin e convencendo os aliados europeus a apoiarem suas sanções econômicas contra negócios e opulentos cidadãos russos. Sanções que, no frigir dos ovos, beneficiam os Estados Unidos.
É fácil demonizar Vladimir Putin. Concordo que ele é demonizável. Como são todos dirigentes poderosos que dizem o que fazem e fazem o que dizem. 
Os jornalistas e o público gostam é de Obamas, que dão uma de bonzinhos, dão abraços de ursos nos amigos e boxeiam os inimigos com soco inglês em vez de luvas. Sempre sorrindo.
Acontece que esses caras de duas caras são um perigo.
Fazem bobagens por quase sempre visarem o curto prazo.
Como por exemplo, para livrar a barra da derrota vergonhosa, temo que na miopia crônica dos gringos, os Democratas e a imprensa dita progressista empurrem Donald Trump a alienar Vladimir Putin da equação geopolítica e polarizar ainda mais o Kremlin, até o ponto de uma confrontação irreversível.
 The Empire FilesUS-Russia Relations in "Most Dangerous Moment"
Putin nunca foi e duvido que seja amigo de Trump.
Um precipício cultural os separa e é irreconciliável; pois classe e inteligência são de nascença e não se adquire conhecimento em um dia. Nem em quatro ou oito anos. A prova disso é que Obama entrou e saiu ignorando as diferenças e as semelhanças que regem os países e as regiões do mundo que ele pretendeu liderar, mas em vez disso, desagregou sem parar, uma a uma, no grito.
Apesar da hasbara da Clinton Criminal e de Obama Hypocrite, nada une Putin a Trump. Tudo os divide. E Putin usou esses dois últimos meses para marcar seu território, que defenderá com unhas e dentes porque está convencido que doravante, o centro da Terra é o Kremlin. O Czar reina.
Um dos territórios que Putin remarcou geopoliticamente foi o Oriente Médio. 
No propósito de tomar a posição dos EUA de árbitro internacional, acabou de patrocinar uma reunião de cúpula em Moscou entre o dirigente do Fatah, Mahmoud Abbas, e do Hamas, Khaled Meshaal. 
Enquanto em Paris setenta países se reuniam para conversar fiado sobre o destino dos palestinos a prazo indeterminado, em Moscou, os dois líderes eram reaproximados por Dimitri Medvedev com objetivos concretos a curto prazo.
A reunião durou três dias e na terça-feira à noite, os participantes decidiram organizar eleições e formar um novo Conselho Nacional que inclua palestinos exilados. O acordo inclui também o Jihad e grupos independetes seculares, é claro, se não, não teria validade. 
O mais importante da reunião é a mudança de ponto de vista dos palestinos. Finalmente, Abu Mazen (Abbas) parou de confiar nas promessas vãs de Washington e botou seu destino nas mãos da Rússia.
Vale lembrar que as últimas eleições palestinas foram em 2006, e embora tenham sido organizadas pelos países ocidentais, seu resultado - a vitória do Hamas - não foi aceito e desde então a Faixa de Gaza vive bloqueada e a espoliação da Cisjordânia cresce sem parar.

Fatah and Hamas have been at loggerheads since the latter seized Gaza in a near civil war in 2007, after it won the 2006 legislative elections - the last ones in which all Palestinian parties took part..
Last year the Palestinian government postponed the first municipal polls in the occupied West Bank and Gaza Strip in 10 years after the high court ruled they should be held only in the Fatah-run West Bank.
The Palestinian representatives also met on Monday with Russian Foreign Minister Sergey Lavrov, and asked him to dissuade incoming US President Donald Trump from carrying out a campaign pledge to move the US embassy in Israel from Tel Aviv to Jerusalem.
The  agreement in Russia signals the Palestinians looking away from the United States, which has been involved in the so called "peace process" for decades.
However, a Palestinian leader who is close to Hamas leadership said that "things are far from clear or final yet. In principle, all of the Palestinian factions have agreed to form a national unity government, including Hamas, and to establish a new Palestinian National Council. But Abbas has yet to make a decision that will take concrete steps in that direction.”
Furthermore, Abu Mazen will also have to consider the position of the regional Arab powers who might cast a veto on the whole thing because of their animosity toward Hamas.
Nevertheless, from now on, those countries will have to take their grievances to the Kremlin, should they dare to take any action against Putin...
 PALESTINA
Opressão diária sob-ocupação
On 20 Jan. 2017, during clashes with Palestinian minors in the village of Sa’ir in Hebron District, Israeli Border Police pursued several young women onlookers and assaulted them. The end of the incident was captured on film: a masked officer is seen grabbing a 13-year-old girl’s arm and striking her cousin on the head. B’Tselem has documented many cases of Israeli security forces’ violence against Palestinian minors. By holding no one accountable, the military’s senior command - including its law enforcement system - allows such cases to recur.
  OCHA
PCHR: 
BRASIL
DIRETAS, JÁ!

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