domingo, 25 de setembro de 2016

Rogue Israel: "democracia", opressora e opressiva

  
Sou o protótipo de uma raça que pessoas como o tal Zuckerberg querem extinguir para que todo mundo, no mundo todo, fique à mercê do Big Brother - do George Owell.
Não tenho celular, não tenho facebook, não tenho instagram, não consulto wikipedia, não tenho twitter - mas consulto os de um punhado de colegas de nacionalidades variadas que praticam verdadeiro jornalismo. Deve haver outras redes sociais que desinformam, mas estou por fora.
Uma das razões de minha auto-exclusão desse mundo fictício e nocivo ao conhecimento - chamado rede "social" - é a consciência da manipulação da "informação" que tais sistemas veiculam e a censura que exercem sobre minorias sem padrinhos.
Tais como os palestinos.
Na semana passada, Facebook bloqueou centenas de milhares de palestinos. Começando com jornalistas e terminando com estudantes secundaristas.
Segundo boatos bastante credíveis, a censura deveu-se a um acordo feito entre Israel e Facebook, leia-se Netanyahu e Zuckerberg - o primeiro, criminoso de paz e guerra; o segundo, mau caráter que estende a mão esquerda a um programa de erradicação de enfermidades e a com a direita acaricia os genocidas de Tel Aviv e capitalistas empedernidos.
O bloqueio foi suspenso ontem, devido à proporção que o arbítrio tomou na imprensa independente e da intervenção de ONGs de Direitos Humanos e juristas.
Na mesma semana, o papa Francisco condenou a desinformação praticada pelas redes sociais e redes midiáticas, definindo tal prática como crime.
Em primeiro plano, Francisco visava a mídia de Silvio Berlusconi - o Roberto Marinho italiano.
Mas o assassinato moral que os órgãos de "imprensa" desse indivíduo execrável pratica na Itália em nome de uma direita fascistóide é semelhante ao que a nossa Globo nacional pratica no Brasil em seu apoio aos golpistas judicio-parlamentares em 2016 - como fez em 1964 com os golpistas militares.
Golpes de estado só são viáveis com a cumplicidade da mídia.
Seu sucesso depende exclusivamente da manipulação da informação.
Sem a mídia, nada é possível.
Hoje em dia, o perigo é maior ainda por causa das redes sociais. Uma frase mentirosa jogada em um Facebook ou um Whatsap em Israel ou/e nos Estados Unidos chega ao Brasil em um segundo, se dissemina como pólvora e explode em Brasília.
Vide a diabolização de Putin. Que repito, não é nenhum santo - longe disso. Porém, não é o diabo encarnado, como são Binyamin Netanyahu (e seus cupinchas), Tony Blair e Hillary Clinton.
Como o Lula, que a "elite" parlamentaro-judiciario-financeira brasileira tenta pintar como o maior corrupto do país.
Lula terá de ir para o cárcere quando a quadrilha Temer-Cunha e seus anõezinhos forem condenados a prisão perpétua por banditismo agravado e por sucatear nosso país para os Estados Unidos.
Enquanto isso não acontecer, enquanto os prefeitos e governadores corruptos do PSDB, PMDB e outros partidos que privatizaram nosso ensino e nossa saúde disfarçando em terceirização sem nenhuma vigilância jurídica - sem dúvida alguma para poderem roubar através de artifícios menos vulneráveis à Polícia Federal - não estiverem atrás das grades, eu fecho com a Frente Ampla por eleições diretas e vou fazer campanha e votar no candidato anti-golpista. Qualquer que seja, menos a Marina porque tenho medo do obscurantismo evangélico e mantenho distância de franquias gringas.
Quero deixar para as novas gerações um Brasil melhor do que o Brasil arbitrário e elitista no qual eu cresci vigiada nas salas de aula. Quero deixar para as novas gerações um Brasil mais justo, mais equilibrado, mais educado, culto e com saúde; e não um Brasil em que a maioria sobrevive fazendo malabarismo e uma minoria vive enclausurada em condomínios murados, em prédios vigiados por guardas armados, e transitam em carros blindados.
É disto que a nossa "elite" não se dá conta: seu egoísmo e ignorância a condena ao sobressalto e a priva de liberdade.
Por analogia, os israelenses (maioria deles) que apóiam a política genocida de ocupação da Palestina condenam-se à guerra permanente; condenam seus descendentes a serem assassinos; condenam seu país ao suicídio talvez até através de uma guerra civil.
Pois como no Brasil com a política de exclusão socio-econômico-cultural os pobres só vão aumentar (em vez de diminuir como estava acontecendo), os palestinos jamais se deixarão escravizar e resistirão até conseguirem seu Estado e sua liberdade.
Precisa ser obtuso e cego pela cobiça para não enxergar este óbvio.

Falando nisso, os amigos sionistas milionários da ogra Clinton estão preocupados com o "arianismo" israelita em Israel. A tal ponto que puseram um anúncio de primeira página no NYTimes alertando - quem, não se sabe ao certo - para a queda da hegemonia judaica no "Estado Judeu".
É piada?, pode perguntar quem conhece a colonização da Cisjordânia; a importação de judeus loiros dos países da Europa do Leste e Argentina (os descendentes de alemães, é claro) para ocupá-las e "aprimorar" a raça, e o aliciamento de jovens jihadistas na Europa, na América e na Austrália para engrossar as colunas de criminosos da IDF.
Não, não é piada. A foto ao lado prova esta barbaridade.
Assim como a cumplicidade do jornal que publicou o anúncio e que enche seus artigos de frases tiradas diretamente do Israel Project.
É outro exemplo da mídia  a serviço de interesses escusos e de uma ideologia amoral.

Dando uma trégua à mídia e voltando aos políticos, Barack Obama vai ficar na história - dos jornalistas - como um poço sem fundo de hipocrisia narcisista.
Ele nos surpreende todo dia.
Quando se pensa que ele chegou ao fim de suas artimanhas sionistas - como os US$38bn deal, vem uma aberração maior ainda.
A da semana passada foi seu encontro com o genocida Binyamin Netanyahu. Um negócio da China para os dois países. Um negócio que atende à demanda insistente dos dois lobbies mais influentes dos Estados Unidos: o de armamento e o sionista, que estão de braços dados em todos os lugares em que armas são usadas,  bombas explodem, em que ocorrem massacres.
Pois bem, com todos os assuntos graves que Obama poderia e deveria tratar com Netanyahu, do que é que eles conversaram? Sobre golfe. Pois é, o esporte dos abastados.
E depois? Depois Obama disse a Netanyahu que após deixar o governo, ele e a esposa visitarão "Israel" com prazer, e muitas vezes.
Prova que Obama está mais próximo de Bill Clinton do que de Jimmy Carter.
Daí seu apoio à esposa do primeiro, ex-presidente dos Estados Unidos que permitiu que Israel pilhasse a Palestina nos Acordos de Oslo.
Esse Obama é mesmo uma caixinha de más surpresas. Merecedor do apelido que o colega israelense Gideon Levy deu-lhe: Patron of the Occupation


Nesse ínterim, na ONU, ficou mais claro para os incautos porque os USA e Israel destruíram a Síria para derrubar Bashar el Assad. Embora as atenções estivessem voltadas para o duelo verbal entre Binyamin Netanyahu e Mahmoud Abbas.
Foi batalha de palavras vãs e vagas.
O primeiro ministro de Israel latiu a de sempre.
O presidente da Autoridade Palestina metamorfoseou-se de vassalo de Israel/EUA em chefe de estado - como sempre acontece na ONU - porque precisava dizer o que seus compatriotas esperavam. Discurso, nada mais. Na Cisjordânia, Abu Mazen está proibindo eleições e reprimindo a terceira Intifada intimando os estudantes e botando muitos no cárcere. De mãos dadas com Tel Aviv. 
Aliás, chegar ao aeroporto Ben Gurion, única porta aérea para a Palestina, hoje em dia, está se tornando uma operação dificílima - para jornalistas, descendentes de árabes, ativistas ocidentais, e quem quer que tenha nome ou cara que desagrade os jovens jihadistas judeus que fazem a primeira  revista e em seguida, dos agentes do Shin Bet e do Mossad.
Tirar a roupa de cidadão de ficha limpa em aeroporto é proibido pelas leis internacionais.
Em Ben Gurion, virou uma prática corriqueira e quase pública. Desde a década de 90 que esta revista é feita em cômodos reservados a tortura psicológica, longe dos olhos dos outros passageiros.
Mas Israel está tão seguro de sua impunidade -  garantida por Obama e pela ogra Clinton - que agora já às vistas.
Acontece que quer Israel e os EUA queiram quer não, a ocupação já é de domínio internacional público. Não adianta Israel tentar abafar as atrocidades que comete contra os palestinos - humilhação, tiro ao alvo, coerção, chantagem, "dieta" de 75 calorias, "racionamento" de comida, água, bombardeios com armas convencionais e químicas, exterminação individual e coletiva, enfim, todo mal que uma mente desumana consegue arquitetar e pôr em prática, sem piscar.
Uma das estratégias que Tel Aviv usa para implementar a limpeza étnica da Palestina na surdina (?) é a barragem e a deportação de jornalistas e ativistas estrangeiros.
Adeportação já era prática corrente em relação aos palestinos desde 1967.
Mas agora é extensiva a observadores, médicos e ativistas ocidentais de todos os horizontes profissionais. Check it out.
An analysis of UN data show that a recent surge in reports of deportations of individuals attempting to transit through Israel to work with Palestinians is the result of an official strategy implemented by the Israeli government beginning in January of this year.
Reports submitted to the Access Coordination Unit (ACU) of the United Nations Office of the Resident and Humanitarian Coordinator show that in 2015, only 1 percent of the 384 “incidents” encountered by UN, journalists and international NGO employees and consultants resulted in deportations. Rather, the vast majority of the problems (76 percent) were delays.
The same pattern was observed in the previous three years.
However, to date in 2016, 9-10 percent of all 232 incidents ended in deportation.
The numbers collected by the UN ACU do not include activists and independent workers who try to enter the Palestinian territories through Israeli-controlled crossings, for whom anecdotal reports of deportations have trickled in steadily over the past several years but have soared recently.
No one appears to be collecting these numbers, outside of the Israeli government.
And unfortunately, the Right to Enter Committee—a group of mostly Israeli attorneys who had specialized in these cases—has not been active since about 2010. 
Most of those who have been deported were verbally informed of 10-year bans on returning to any Israeli-controlled border, and forced to sign a statement acknowledging they will no longer be allowed to obtain a visa at the Israeli border, as most travelers can.
Although in the past has been widely known that Israel has discriminated against many travelers of Arab or Muslim heritage, increasingly ethnic and religious characteristics have appeared to play a minimal role; Christians, and even Jews, anyone tagged as sympathetic to Palestinians and capable of effective advocacy is at risk.
Israeli government now is instituting the old policy of "mowing the grass" that it uses in its military operations in Gaza to rid itself of dissenters.
For example, a new joint task force, established by the Israeli interior and public security ministries, is urging Israeli citizens to call a hotline with information about individuals involved in BDS (boycott, divestment and sanctions) activities, thus allowing them to be deported.
Likewise, local officials for international NGOs such as World Vision and the UN Development Programme have recently been falsely accused with financially supporting the Hamas movement that governs Gaza.
The analysis of UN ACU data show that in addition to deportations, reported incidents also include long delays (the most common) and a forced cancellation of the “mission.” 
Such incidents occur at all Israeli-controlled crossing points, with the majority occurring at (in order of frequency) the Erez crossing into Gaza, the Allenby bridge from Jordan into the West Bank and Ben Gurion Airport in Tel Aviv.
It is increasingly looking like Israel - "the only democratic country in the Middle East" - has launched a systematic campaign to prevent substantive challenges to denial of Palestinian human rights.
And to date, the international community is looking the other way. 
Expressing “concern,” as international spokespersons often do, is not sufficient. 
Formal complaints against Israel should be filed with international bodies until the Palestinian people are allowed to decide on their own visitation rights. 
Otherwise, is this not the definition of a prison?
"Seeing the Israeli occupation forces last night, raiding the house of my cousins Bassem and Jawaher abu Rahma, who were murdered by the Israeli occupation forces in cold blood, in peaceful demonstrations and seeing how they wake the family up in the middle of the night, to steal their computers and phones and not letting anyone enter or leave, because they declare it a closed military zone, makes me so deeply mad and sad for all what this family have to go through. I don't know what to say. It's hard for me to see all the injustice that my family face by living under the Israeli occupation. It's hard to see part of your family lose their beloved ones and it's that's not the only thing. They can't even have a peaceful night to sleep, because they were born under the occupation. They are forced to live this life because they stand on their land they refuse to leave. It's hard for me to see the owners prevented from entering the house to see their children, because there are strangers inside blocking the way and declaring it a closed military zone, when in fact they are vandalising, and stealing computers and phones. They also raided 3 other Palestinian houses in the village where they took their computers and phones as well. But this is the reality in Palestine, you may not know about. This is the life under the Israeli occupation in Palestine." Video below:
São pessoas como o ativista australiano no vídeo abaixo que Israel proibe de entrar na Palestina ou que são deportados quando não dizem Amén aos ocupantes. Robert Martin is an Australian activist who lives in Melbourne. Robert was drawn to Palestine at the commencement of Israel's Gaza attack. Robert began to investigate what actually was happening in Palestine and couldn't believe what he was reading. He knew he couldn't rely on mainstream media for the truth so he decided to see for himself.
Robert had read and watched plenty of interviews and documentaries on Issues faced by both sides.
Robert knew he was in for an eye opening trip immediately after the Israeli army entered the bus he was in and asked to see his passport. After disembarking the bus he was invited to the front of the line to have his passport checked again, this shocked Robert a bit as he saw so many Palestinians in the line and he refused to push in the line.
Robert made a trip to Bil'in as he had made contact with Hamde Abu Rhama and was keen to see the village in which Hamde lived. Robert was being given a quick tour of the village (it's small as so much of its land has been taken) when he saw the truth of live under occupation. Hamde and Robert had been chasing some animals as Hamde wanted to take pictures of them and they were interrupted by soldiers. An army van came rushing down the road, stopped quickly and a few soldiers stood up and shouted they must move. This startled Robert as it was so unexpected, Robert asked the soldiers what was happening. He then, as usual in such cases, was faced with an M16 being pointed straight at him as the other soldiers told him to leave.
Robert had to know more and asked some questions as to why he wasn't allowed to be there as he was clearly away from the Apartheid Wall and clearly away from the barb wire also. The soldiers threw something at in Robert's direction and it exploded with an incredibly loud noise that Robert had never experienced in his life. To the soldiers amazement and surprise Robert did not move and again questioned the soldiers.. The only response Robert received was they were protecting Israel and they had rules that we must follow.
The next day Robert was having coffee and with a few people from the village when a distressed call came in explaining the soldiers were at the only play ground taking equipment. Robert saw everyone in a panic and insisted he tag along to see what was happening.
They got to the hill and were stopped by heavily armed soldiers and a truck that had a small crane on it. Robert had not been in the village of Bil'in for even 24 hours and he was again faced by the strength of the Israeli army insisting he leave with a M16 at his head. For whatever reason Robert refused and walked towards the soldiers filming with his iPhone and he asked the soldiers what they were doing. Again the soldiers told him to leave or he would be shot. He continued towards the soldiers and again asked what they were doing. Thee were some younger People from the village behind him watching and to his amazement they all started running a away. He saw the truck with the equipment already loaded and again demanded the soldiers give him an answer. The soldiers were taken back by Robert and his inability to be intimidated by these soldiers clearly provoking a fight. The soldiers began to retreat even though they again said I'd he continued they would shoot him. As they left they threw another object at him that exploded and began to smoke..
Everything Robert had read and heard about could not have prepared him for what he had just witnessed as the disregard towards the Palestinians was too blatant to believe, without seeing it.
BRASIL

domingo, 18 de setembro de 2016

Rogue Israel & USA vs Palestine: The $38 billion military deal

 
Barack Obama começou a presidência descumprindo suas promessas de justiça na Palestina e está terminando o segundo mandato presenteando o diabo com os resquícios de alma que ainda possuía.
"We affirm today the unbreakable bond between the United States and Israel". Foi com essas palavras que Susan Rice, a US National Security Adviser, fechou um negócio genocida em Washington na semana passada.
Após cerca de onze meses de negociação, na quarta-feira, dia 14 de setembro de 2016, os Estados Unidos e Israel assinaram um acordo de 'cooperação' militar que garante ao rogue state of Israel US$38 bilhões durante 10 anos. De 2019 a 2028. Durante 2017 e 2018, Israel continuará recebendo seus US$3 bilhões costumeiros que usa e abusa em seus crimes de guerra no Oriente Médio.
Como se sua frase acima não bastasse, em nome de Obama, Rice teceu elogios a um genocida: "We are all thinking of and praying for president Shimon Peres," que espero seja recebido no inferno por Ariel Sharon já torradinho e sofrido, graças à justiça divina.
Sem vergonha, Rice fez questão de retraçar a cumplicidade de Obama na limpeza étnica da Palestina gabando-se: "Since 2009, the U.S. provided almost $24 billion in military aid to Israel. We are proud that no other administration has done so much to enhance Israel's security. We can't know what will happen in the next ten years, but the US will always be there for Israel."
Como se a bajulação de Rice não bastasse, Obama fez questão de acrescentar em comunidado: "Both prime minister Netanyahu and I are confident that the new MOU [the deal] will make significant contribution to Israel's security... The continued supply of the world's most advanced weapons technology will ensure that Israel has the ability to defend itself from all manner of threats."
Amoral até a última palavra. A mais alta tecnologia bélica contra estilingues, pedras e facas de cozinha na Cisjordânia, e uns foguetes artesanais na Faixa de Gaza.
Covardia pouca é bobagem.
Aliás, as colônias/invasões judias na Cisjordânia cresceram durante o governo de Obama mais do que nos precedentes. Por que será?
A aberração não para aí. Em caso de novas operações militares (chamadas guerra a fim de esconder a disparidade covarde dos massacres), além dos US$38 bilhõezinhos, Israel continua com o direito de solicitar e obter mais milhões e bilhões para sistemas de mísseis.
O porquê de Obama assinar esse acordo tão perto de deixar a Casa Branca indica duas coisas: Israel teme que Trump ganhe, ou, querem deixar a ogra Clinton começar o governo sem este ônus para poder apoiar outros acordos impopulares.
The following are the main points of the agreement: 
− Israel will get $3.8 billion dollars annually, $500 million of which will be allocated to developing missile defense systems.
− Israel commits not to approach Congress for additional budgets for missile defense systems. In the event of an emergency, Israel can request additional budgets for missile defense systems, but only if the administration agrees to it.
− The agreement does not prevent Israel from asking Congress for additional aid on security issues, such as the fight against tunnels or the development of cyber defense systems.
− Once the agreement goes into effect, there will be a gradual phasing out of Israel’s right to use 26 percent of the American aid to buy equipment from Israel defense industries.
− When the agreement goes into effect, Israel will immediately stop using 14 percent of the American aid to buy fuel for the Israel Defense Forces.
Beyond that, a senior US official admitted: “Like any understanding, changes can be introduced by mutual agreement. With regards to missile defense, in an extreme situation or in the event of a major armed conflict involving Israel we would be able to consider changes together if needed. We have proven we have given Israel additional assistance in times of need like Operation Protective Edge in 2014. There is no reason to think this will not be the case in the future, if needed.”
The senior American officials noted that the new aid pact was formulated during a period of very difficult budget pressures in the United States. Even though there have been continuous reductions in foreign aid budgets, the amount give to Israel under the new agreement is more than under the old one – both in nominal terms and in real terms.
“Now that’s going to go towards building a further arsenal of state-of-the-art U.S. equipment, while simultaneously supporting U.S. industry and jobs. It’s a win-win for Israeli security and the U.S. economy.”
Win-win for both rogue states.
Lose-lose for Palestine, Lebanon, and the world.
 Inside StoryHow will new US-Israel military deal affect Middle East?
Palestinos: Não reclamem!
In 2013,Yesh Din began systematically documenting incidents in which Palestinian crime victims chose not to file a complaint with the Israel police. According to Yesh Din's records, out of 413 incidents of ideologically motivated offenses documented by the organization between 2013 and 2015, 30 percent of the victims explicitly specified that they were not interested in filing a complaint with the Israel Police.
Um palestino de 18 anos foi assassinado na semana passada simplesmente por entrar na buffer zone que Israel estabeleceu na Faixa de Gaza e que toma quase 1/4 do exíguo território. 
OCHA 
Palestinian Center for Human Rights
International Solidarity Movement – Nonviolence. Justice. Freedom.
B'Tselem | The Israeli Information Center for Human Rights in the ...


  Judeus estadunidenses a caminho de Gaza - 12/09/16
 
BRASIL
DIRETAS, JÁ! 
Contra Temer, Chico Buarque volta a cantar 'Apesar de Você' 40 anos depois de ter cantado pela última vez: Veja o  vídeo.
Caros Amigos 
Carta Capital 
Conversa Afiada
Depoimento de Lula sobre a Lavajato
16/09/2016: 40 anos da Noite dos lápis na Argentina
 

domingo, 11 de setembro de 2016

ARBITRIO: From Brasil to Palestine


BRASIL: Frente Ampla por eleição. DIRETAS, JÁ!

A indiferença e o egocentrimo das classes dominantes levam fatalmente à corrupção moral e financeira. 
A corrupção moral e financeira leva inexoravelmente ao poder a qualquer preço.
A sede de poder a qualquer preço leva perigosamente à exclusão e ao arbítrio.
O arbítrio leva indubitavelmente à usurpação dos direitos inalienáveis à cidadania.
A usurpação dos direitos inalienáveis à cidadania leva ao controle da informação.
O controle da informação leva à perda do conhecimento.
A perda do conhecimento leva à ignorância individual e coletiva.
A ignorância em dose dupla leva ao enfraquecimento do indivíduo e da sociedade inteira.
O enfraquecimento do indivíduo e da sociedade leva ao empobrecimento cultural e educativo.
O empobrecimento cultural e educativo leva à alienação e à subserviência.
A alienação leva ao Brasil no qual cresci durante a ditadura militar - aculturação total.
A subserviência leva à rivalidade mesquinha, egoísta, a fim de obter favores e garantir-se o mínimo, em detrimento do civismo.
A rivalidade mesquinha leva à desumanização do cidadão.
A desumanização do cidadão leva à indiferença e ao egocentrimo, então, generalizados em todas as camadas sociais.
A indiferença e o egocentrismo generalizados levam ao suicídio social, com a vitória, amarga e ilusória, do individualismo.
Ponto final.
O arbítrio começa com a manipulação da informação. 
O maior inimigo do cidadão é a manipulação da informação que resulta sempre na privação de conhecimento.
O Brasil está vivendo um caso extremo, nítido, desta manipulação. Manipulação orquestrada pela Globo e pela editora Abril, mas apoiada massivamente pelos demais orgãos de imprensa escrita, televisiva de propriedade de grandes grupos capitalistas. Mais a chamada rede social dos Facebooks e outros veículos vulneráveis a operações de propaganda da NSA em cumplicidade com Tel Aviv.
O Brasil só atingiu o extremo do arbítrio, o GOLPEachment, porque nossa elite financeira é ignorante e egoísta; portanto, míope e suicida.
A classe média alta, a alta, o empresariado - na América Latina toda o problema é igual - parece viver apenas para uma conta bancária, de preferência em paraísos fiscais e de pelo menos seis dígitos. Sem preocupar-se com a qualidade de vida de ir e vir sem perigo.
Nossa elite financeira tranca-se em casas de muros altos, guarita com guardas super-armados, ou em condomínios que batiza de nomes estrangeiros achando que é chic e não entende que se condena a viver em um presídio.
Nossa elite financeira não entende que o mundo que cria para seus filhos e netos apoiando os (Fora!) Temer e (Cadeia!) Cunha é um mundo cada vez mais excludente e restrito para si mesmos.
Nossa elite financeira sofre de catarata social, além da carência crônica de cultura e de conhecimento.
Nossa elite financeira não entende que para deixar para os netos um mundo em que viverá bem e livre, tem de apoiar programas sociais que erradiquem paulatinamente a miséria, a pobreza, e melhore a condição de vida da sociedade inteira (em vez de puxar o tapete de governos que investem nestes).
Nossa elite financeira tem de entender que sem conhecimento, seus filhos e seus netos reproduzirão seus erros e acabarão vivendo em guetos ainda mais policiados e só poderão sair de casa em carros blindados, por ruas cercadas de muros, vigiadas por guardas munidos de armas tradicionais e químicas.
O Brasil inteiro tem de entender que o melhor para o país e para nossos filhos, netos, bisnetos, é Diretas Já! E votar em um/a candidato/a que construa um Brasil mais justo e mais instruído.
 
Entretanto, como disse acima, o Brasil é a ponta visível do iceberg do resultado catastrófico da manipulação da informação que priva o cidadão de conhecimento.
Na América do Norte e na Europa, a grande mídia age com mais nuância e sua manipulação é menos evidente. Embora esteja presente em igual proporção, com vestimenta diferente.
Jornalistas sofrem pressão diáriamente para tirar espaço de assuntos que seus editores pressionados pelos patrões de imprensa querem condenar ao esquecimento.
O Yêmen, é um dos assuntos. Ou melhor, o papel criminoso que a Arábia Saudita representa nessa parte do mundo. A grande mídia teima em querer convencer o leitor ou o espectador que os yemenitas que estão sendo massacrados são xiitas perigosos dos quais os sunitas da Arábia Saudita estão nos protegendo com armamento fornecido pelos Estados Unidos. Não. A população yemenita é a maior vítima desta campanha desenfreada da Arábia Saudita pela hegemonia regional a fim de estender seu arbítrio além de suas fronteiras. Como fez patrocinando o Daesh em cumplicidade com o Qatar.
Aliás, fala-se pouco que o tal Estado Islâmico é sunita. Por que será?

Outro escândalo abafado é a pressão que Barack Obama sofre há anos para afastar-se ao máximo de Vladimir Putin. É impressionante. O lobby das coorporations e de armamentos, apadrinhado por Hillary Clinton, são os maiores responsáveis pela demonização e a incitação a uma nova guerra fria. Uma das poucas coisas positivas do governo Obama é sua resistência a ceder às pressões em relação à Rússia e ao Irã.
É por isso que o medo de uma Terceira Guerra Mundial patrocinada por Hillary Clinton é o pesadelo de todo governante europeu que a conhece um pouquinho.

The Listening Post: Globo's power to influence (30/08/16)


O arbítrio no Oriente Médio é mais forte ainda.
Israel já deixou de ser uma democracia que respeita as liberdades individuais e coletivas há muitos anos. Sem contar a censura que pratica. A última jornalista a sofre os efeitos desta foi Abby Martin, que adquiriu merecida proeminência jornalística na RT no programa Breaking the Set.
Abby é mulher, inteligente, competente, independente e preocupada com a aquisição e transmissão de conhecimento - enfim é jornalista na íntegra. Por isso, apavora políticos e multinacionais que prejudicam o mundo.
Prova disso, Israel vedou-lhe entrada na Faixa de Gaza - embora seja território palestino, só entra em Gaza jornalista credenciado por Tel Aviv. Ou pelo Egito, que no final das contas é o mesmo, já que Cairo hoje recebe ordens de Washington. Controle pouco é bobagem.
Abby está na Palestina preparando um documentário para seu ótimo programa na Telesur, The Empire Files. Na Cisjordânia, foi vigiada por onde andava. Discreta ou acintosamente. Como todos os jornalistas hoje em dia na Palestina, foi vigiada diretamente por agentes israelenses. E também por nativos, sob as ordens de Mahmoud Abbas, que instalou progressivamente um estado de arbítrio em que reprime, prendre e interroga seus compatriotas que incomodam o ocupante, de quem recebe ordens.
Arrest Warrant Issued For Amy Goodman in North Dakota After Covering Pipeline Protest.
Outra jornalista de primeira qualidade que está sendo prejudicada pelo arbítrio é Amy Goodman, produtora executiva do órgão de imprensa independente Democracy Now!. Amy está sendo perseguida em pleno Estados Unidos, que se diz campeão das liberdades democráticas. O governo de North Dakota lançou um mandado de prisão contra ela no sábado por causa de sua cobertura dos últimos conflitos sociais no estado.
Toda a minha solidariedade e apoio às duas eminentes colegas!

Falando em arbítrio e espionagem, Israel está distribuindo panfletos na Cisjorânia, em árabe, incitando os palestinos a denunciarem quem exercer o direito de boicote. Pois, a perversidade da ocupação é tão grande, que os produtos que os palestinos encontram no supermercado vém de onde? De Israel e das invasões judias que lhes despojam de seu patrimônio!


E a hasbara continua a todo vapor. Em seu último oficial, o crápula que governa Israel, ousa dizer que quem condena as invasões ilegais na Cisjordânia são defensores da "limpeza étnica que os palestinos (!!) estão querendo fazer ao exigir um Estado" deles. Desta vez, a hasbara não funcionou. OS EUA não gostaram de ser acusados. Netanyahu has no shame and no boundary. Netanyahu’s ‘ethnic cleansing’ earns strong rebuke from State Department and sparing outrage all over the world . This time the hasbara didn't work.

Enquanto isso, mais de 60 cidades espanholas declararam apoio total e irrestrito ao movimento BDS de boicote a Israel. Inclusive Santiago de Compostela.
O papa Francisco já começou a fazer millagre.


Boa notícia: Embora o criminoso de guerra Binyamin Netanyahu tenha sido recebido na Holanda com honras, a lua de mel entre os políticos e Israel está acabando. Apesar do lobby sionista continuar firme e forte, como mostra o vídeo abaixo.
 

BRASIL
Real News: Did the US play a role in Dilma's ouster?
 Protestos Brasil

The Future of Palestine
 The new anti-semitism and the holocaust
 Abby Martin: Chevron vs the Amazon
 

domingo, 4 de setembro de 2016

Israel vs Palestina: História de um conflito LXXX (11/2008)

B'Tselem visual testimony: House demolition in the West Bank
Fotos de algumas vítimas
A história Palestina dos séculos XX e XXI é constituída de tragédias sucessivas. Uma dela é o massacre de Kafr Qassim. Neste, policiais israelenses massacraram 48 civis. Dentre eles, 6 mulheres (1 grávida) e 23 meninos de 8 a 17 anos. A foto ao lado mostra alguns deles.
O mês de novembro na Cisjordânia ocupada começou com a comemoração do aniversário de 52 anos desta infâmia. A cerimônia foi discreta e simples. Os habitantes de Kafr Qassim e alguns simpatizantes estrangeiros fizeram uma procissão do memorial ao cemitério em que as vítimas estão enterradas.
Menciono este aniversário, embora não tenha mencionado os 51 que o precederam, porque nesse ano os jornalistas tiveram acesso a depoimentos de dois policiais israelenses sobre as ordens que receberam no dia 29 de outubro de 1956: Shoot all civilians! quebrando um toque de recolher imposto na última hora aos habitantes do vilarejo que fica perto da Linha Verde que separa os dois países.
O executor do massacre foi a Magav, polícia israelense de fronteira. Os mandantes oficiais e os policiais envolvidos foram 'julgados', declarados culpados do ato "blatantly illegal" e condenados a anos de prisão. Nenhum deles cumpriu nem um mês. O crime acabou sendo 'punido' apenas com uma multa simbólica de 10 centavos.

No âmbito internacional, o maior evento político do mês de novembro de 2008 foi a eleição de Barack Obama, no dia 04, que durante a campanha abrira aos estadunidenses e ao mundo perspectivas de melhoria em vários planos, inclusive no de Direitos Humanos.
As esperanças que os palestinos haviam alimentado se esvaíram no minuto em que o nome de seu White House chief of staff veio a público: Rahm Israel Emanuel. O bom entendedor viu que Obama, além de inexperiente em relações exteriores, não era pró-justiça para a Palestina como se pensava e sim mais um sionista mal-informado.
Dois dias depois Emanuel aceitaria o cargo e viraria o most influential chief of staff of a generation, segundo o NYTimes. E sua influência não podia ser mais nefasta a justiça e paz no Oriente Médio.
Para os palestinos a nomeação foi uma catástrofe. Já que, como não entendia nada de política internacional, o novo presidente fez a mesma coisa que Bush fizera antes dele; ou seja, pôs tudo logo de cara nas mãos deste assessor ultra-sionista cujo pai, Benjamin Emanuel, era um pediatra que atuou no contrabando de armas para o Irgun, milícia sionista ativa na Naqba e responsável por inúmeros atentados terroristas na Palestina, inclusive contra os ingleses no hotel King David em 1946.
Emanuel continuou a tradição familiar de apoio total e irrestrito a Israel. Ao ponto de, em 1991, durante a chamada Guerra do Golfo, em vez de ajudar os Estados Unidos, ter se oferecido para cuidar da manutenção dos veículos armados israelenses na fronteira do Líbano, quando o sul deste país era ocupado pela IDF.
Em 1993, então diretor político de Bill Clinton, orquestrou a cerimônia de assinatura da "Declaration of Principles" entre Yasser Arafat e Yitzhak Rabin. Isto é, a armadilha dos Acordos de Oslo. E durante a campanha de Obama à presidência, acompanhou o candidato à AIPAC, o lobby sionista que é o segundo mais poderoso dos EUA, após o de armas.
No Congresso, Emanuel usara sua cadeira parlamentar para afirmar-se como líder pro-Israel hardliner ainda mais radical do que o próprio governo de George W. Bush. A quem chegou a escrever, junto com 33 deputados democratas, para defender a política israelense de assassinatos: We were deeply dismayed to hear your criticism of Israel for fighting acts of terror." The letter said that Israel’s policy of assassinating Palestinian political leaders "is clearly justified as an application of Israel’s right to self-defense”. Por outro lado, no dia 19 de julho de 2006, Emanuel chamou os governos palestinos e libaneses totalitarian entities with militias and terrorists acting as democracies” em discurso pró-resolução parlamentar dos EUA de apoio aos bombardeios israelenses que resultariam em milhares de vítimas em ambos países.
Eu que vivo procurando o leão invisível, não me surpreendi com a escolha de Emanuel nem com os rumos que o governo de Obama tomou desde o primeiro. Isto porque à medida que sua campanha se reforçava com conselheiros pró-ocupação e dinheiro dos lobbies sionistas o candidato se distanciara publicamente de amigos e conselheiros 'suspeitos' ou acusados de simpatias pró-palestinas. Portanto era bastante claro para que lado pendia e o ângulo obscuro de sua visão. 
Para que o desastre fosse completo, só faltava a re-nomeação de Dennis Ross como enviado para o Oriente Médio. Dennis Ross, outro sionista mor, cupincha de Emanuel e cada vez mais presente no fim da campanha. Este também já prejudicara demais a Palestina durante o mandato de Bill Clinton.
Aliás, a bom entendedor de como seria o novo governo, bastava lembrar-se dos discursos de Obama na AIPAC em março de 2007 e junho de 2008. Em relação a Israel, os pontos capitais foram os seguintes:
. Supported the Israeli bombing of Lebanon in July-August 2006 and repeatedly in the Gaza Strip as exercises of Israel’s right to “legitimate self-defense;”   Supported Israel’s 6 September 2007 air attack on Syria which unsubstantiated reports claimed targeted a weapons of mass destruction related site;  Opposed the holding of Palestinian elections including Hamas in January 2006;   Opposed the February 2007 Mecca Agreement establishing a national unity government between Hamas and Fatah peacefully resolving internal Palestinian differences;   Supports continued “isolation” of Hamas until it meets political conditions imposed by Israel and the Quartet;   Stated that “I will always stand up for Israel’s right to defend itself in the United Nations and around the world,” suggesting continued use of US veto to block UN action on the conflict;   Promised at least $30 billion of military aid to Israel over the next decade and pledged to push for Israel to gain access to armaments reserved for NATO (North Atlantic Treaty Organization) members;   Pledged that the US “should never seek to dictate what is best for the Israelis and their security interests” and “No Israeli prime minister should ever feel dragged to or blocked from the negotiating table by the United States;”   Stated “Jerusalem will remain the capital of Israel and it must remain undivided;”   Opposes Palestinian refugees’ Right of Return (“The right of return [to Israel] is something that is not an option in a literal sense”); (Hilary Leila Krieger and Tovah Lazaroff, “Obama: Palestinian refugees can’t return,” The Jerusalem Post, 29 January 2008); Stated “Any agreement with the Palestinian people must preserve Israel’s identity as a Jewish state;” Supported the Bush administration’s approach of forming an alliance of “moderates,” including Israel, Saudi Arabia and Egypt on one side arrayed against Iran, Syria, Hizballah and Hamas; Considers Iran’s alleged pursuit of nuclear weapons “unacceptable,” supports strong sanctions and divestment and has refused to rule out the use of military force;   Obama has expressed no support for Palestinian “rights” and has never publicly used the type of effusive emotional language identifying with Palestinians’ aspirations as he does regarding the Israelis. While repeatedly castigating Palestinians, he has been uncritical of Israel.
Apesar de todos estes pontos negativos, sonhar não custava, embora fosse óbvio que ele teria de retribuir as doações generosas que os lobbies sionistas haviam feito à sua campanha. 
Por sua vez, Uri Avnery comentou a recente eleição de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos com certa esperança, apesar do perigo de Emanuel na Casa Branca: "...There are people who are lucky because they know how to grab luck with their two hands and run with it. It is a matter of talent. Barack Obama is such a person....
I, three months time, general elections will take place in Israel. No Barack Obama of ours will be standing. ...In Israel, the man who hopes to win, Binyamin Netanyahu, is the very opposite. He oozes sleazy politics from every pore. In his last term as Prime Minister, he was an utter failure. If he wins, nothing will change for the better.
Ehud Barak is another antithesis of the American Barack. Like Netanyahu and Tzipi Livni, he belongs to the "white" Ashkenazi elite. He has no emotional or other connection with the minorities. He is a militarist through and through. He exploited, for example, the night of Obama's election, when the attention of the whole world was riveted there, to violate the cease-fire and carry out a provocative military action in the Gaza Strip....
The one thing that unites almost all Israelis is the importance of maintaining good relations with the US... The question is: what policy will Obama adopt vis-à-vis Israel?
Jerusalem is worried, but the spokesmen comfort themselves - and the public - by saying (as the Hebrew expression goes) that "the demon is not so terrible". The new Congress is different from the last one as far as the balance of power is concerned, but its fear of the pro-Israel lobby will be unabated. True, the influence of the Zionist Evangelicals will be much diminished, but AIPAC is alive and kicking, and its kicks will be as painful as ever.
Whoever will be the new Secretary of State and the other ministers, the Israeli Prime Minister will have direct access to the Oval Room. The new doorkeeper, who bears the ringing Israeli name Rahm Immanuel (Rahm means high, Immanuel means God with Us), is the son of an Irgun underground veteran. Rahm grew up in a Jewish home, speaks Hebrew and rushed to the aid of the Israeli army during the first Gulf War... he certainly will not block the path of the Israeli Prime Minister to the President...
There is no chance for progress towards Israeli-Palestinian peace without American pressure on the Israeli government. That has been true for decades, and that remains true today.
All the American Presidents after Dwight Eisenhower have been afraid of exerting such pressure. Those who tried, like Richard Nixon at the beginning of his term, quickly drew back. The only exception was Bush the Father, or rather his Secretary of State James Baker, but that pressure (on the pocket) did not last long.
To be effective, American pressure does not need to be brutal. It should be gentle, but firm and consistent. This may suit Obama's temperament.
If the new American administration decides to reassess the American national interest in the Middle East and comes to the conclusion that Israeli-Arab [Palestinian] peace is an essential requirement of the American post-Bush policy, then the new President must inform our new Prime Minister of this fact and ask politely but unequivocally for a freeze on the settlements and a start of new negotiations - this time not just to fill time, but to attain final agreement in 2009.
Many Israelis would thank him for that... 
Will the new American President do so? Is Barack Obama able to do so?
There is only one possible answer: Yes, you can!"
Israel quebra a trégua e o great deceiver Mark Regev aplica a hasbara
A confirmação do partido explícito do governo Obama aconteceu no mesmo dia 04 de novembro. Seguro da proteção de Emanuel nas rédeas da Casa Branca, Israel quebrou o acordo de cessar-fogo que durava desde o dia 19 de junho de 2008 quando o Egito mediara a tahdia com os líderes palestinos.
Por volta das 20:30, um batalhão de infantaria da IDF penetrou em Wadi al-Saqa, a oeste de Deir al-Balah na Faixa de Gaza, com tanques e veículos armados, invadiu a casa de Mofeed Suleiman al-Rumaili, prendeu sua família em um quarto, depois confiscou a residência como base militar. Enquanto isso, outra tropa sitiava o sobrado de Hassan Suleiman al-Humiadi e um oficial ordenava por megafone que os 23 residentes evacuassem a casa. Nesse ínterim, chegaram uns resistentes das Brigadas al-Qassam, ala militar do Hamas, para defender seus compatriotas e houve troca de tiros. Três resistentes foram feridos e a IDF mandou reforço.
Por volta das 22:30 um avião lançou seu primeiro míssil, matando Nazmi Abu Sada, de 32 anos. 
Na madrugada do dia 05, um batalhão destruiu a casa de al-Humaidi e 2.5 dunams de lavoura (1 dunam corresponde a 1.000 m²) e prendeu seis membros da família, inclusive duas mulheres.
Nessa quarta-feira, a IDF fez várias incursões militares que culminaram com dois mísseis lançados contra quatro membros d Al-Qassam em Khan Yunis. Mahmoud Taha Abdul Rahman Balousha (21);  Omar Saleem Khader al-Alami, (20);  Wajed Nizam Hamza Muhareb, (19);  Mohammed Abdullah Mohammed Awadh, (26) morreram na hora. 
Uma hora mais tarde a IDF lançou mais dois mísseis. Desta vez, no vilarejo al-Qarara, ao lado, matando Ammar Saleem Darwish Salhiya, de 21 anos, de Khan Yunis.
A provocação era clara. O Hamas tinha de retaliar e retaliaria. Era também claro que o leão invisível era uma nova operação militar que estava sendo posta em marcha desde que os colonos judeus haviam sido transferidos para as novas invasões civis judias na Cisjordânia. Mas Tel Aviv guardava o segredo a sete chaves.
Vale notar que o ataque israelense de quebra da tahdia 'coincidiu' com o aniversário de um ano da farsa dos Acordos de Annapolis na reta final do mandato de George W. Bush.
Estes fracassaram porque não propunham nenhuma paz viável, já que Israel não estava interessado em nenhum acordo justo e os patrocinadores do acordo não tiveram coragem política de contrariar as obstruções sistemáticas de Tel Aviv às iniciativas que impediam sua expansão territorial.
Com Emanuel no leme da belonave de Obama, a tendência era que a ocupação piorasse mais ainda. Mas mesmo assim, um refugiado palestino mandou uma carta aberta ao novo presidente dos Estados Unidos para pleitear sua causa: A Palestinian refugee's open letter to Obama.
Na mesma terça-feira que Israel quebrou a trégua, dezenas de funcionários palestinos da área médica fizeram uma manifestação no checkpoint Qalandia, entre Jerusalém e Ramallah, com o apoio de Physicians for Human Rights-Israel e  o Palestinian Medical Relief Society - PMRS. Protestaram contra a imposição que os profissionais da érea da saúde passassem obrigatoriamente por lá para ir trabalhar, mesmo tendo checkpoints mais próximos entre suas residências e seu local de trabalho em Jerusalém.
Um ativista estrangeiro explicou o porquê desta nova medida da potência ocupante: "Requiring the estimated hundreds of Palestinian medical personnel to come to work via the Qalandiya checkpoint forces them to go through many checkpoints inside the West Bank, spend many hours on the road and waiting in long lines at Qalandiya, which is more crowded than any checkpoint in the West Bank. This, despite the fact that they carry documents authorizing them to travel to their workplaces. Not only does this new regulation disrupt the schedules of these medical personnel, it delays them and makes them late for work, and it also disrupts the orderly operation of the hospitals in which they are employed, rather than making it easier for this segment of the work force that needs accessible, fast and unrestricted passage through the checkpoints."
Na verdade, esta nova restrição fazia parte da política israelense de desconectar os hospitais palestinos de Jerusalém Oriental da população das outras cidades da Cisjordânia, prejudicando assim o estatuto especial dos postos de saúde palestinos que operam em Jerusalém ocupada. "Using bureaucratic methods and/or 'security' arguments for political purposes is an attempt to deceive everyone involved as well as the international community, and in fact represents a change in the status quo in Jerusalem that Israel has committed itself to preserve." 
A usurpação subreptícia de Jerusalém era feita por decreto, e no terreno, pelos colonos judeus que continuavam seus ataques (mascarados e em bandos armados) contra os propietários legítimos da terra da qual de apropriavam. Com a escalada da violência desses imigrantes judeus, o primeiro ministro Ehud Olmert declarou, There is a not insignificant group of outlaws that are behaving in a manner that is threatening the rule of law. This is an intolerable situation that we refuse to accept.” Ou seja, após encorajar a construção dos assentamentos/colônias/invasões ilegais na Cisjordânia desde 1967 em infração às leis internacionais, Tel Aviv resolvia condenár os que não aprovara (ilegalmente). Acontece que judeus estrangeiros entravam na Cisjordânia como se fosse terra sem dono, se instalavam à vontade, e por causa da confiança na impunidade,  as invasões proliferavam e se enchiam de imigrantes judeus de extrema direita que agrediam os nativos e desafiavam a própria IDF. 
Na leva, Ehud Olmert anunciou que cortaria incentivos públicos e apoio a tais aglomerações "in response to an 'intolerable' rise in violence directed towards the Israeli security forces." 'Violência' 'intolerável' contra os soldados e policiais israelenses - e não contra os palestinos desprotegidos que eram atacados todos os dias.
Em represália às advertências de seu governo, o movimento extremista de colonos revelou uma política de represália surpreendente. Quando os soldados da IDF os incomodasse, em vez de revidarem com palavras ou atos, 'revidariam' nos palestinos (!). Foi quando inauguraram a famigerada política de “price tag” onde os postos da IDF fossem removidos. 
Além da quebra da trégua na Faixa de Gaza que anunciava dias negros para os gazauís, na Cisjordânia, o mês de novembro de 2008 foi também o da inauguração dessa prática infame do price tag que os colonos judeus começaram a aplicar contra as famílias palestinas já fragilizadas pela ocupação e portanto presas bem mais fáceis que os soldados que, no final das contas, acabavam protegendo seus correligionários fora-da-lei mesmo quando praticavam atos bárbaros.
No comment: Fishing through the 'ceasefire' / Pescaria sob fogo durante o cessar-fogo
A trégua em Gaza que mencionei acima fora de fato unilateral e relativa, já que Israel jamais parara de perseguir, atacar e prender os pescadores palestinos. Só em 2007, 70 pescadores haviam sido presos e as detenções arbitrárias continuaram em 2008 no mesmo rítmo. 
A pesca é vital à população da Faixa e é profissão hereditária arriscada devido ao bloqueio, à repressão e à sintimidações diárias. Um dos pescadores, Abu mahmoud, desabafou: The Israelis attack us every day. Until you see it for yourself, you cannot believe the situation we are facing. Israelis use dirty, possibly contaminated water in the high-speed water cannons, in order to force us back towards shore," apesar do direito legal de pescarem em seu litoral. 
Os Israel-Palestine Interim Agreements assinados entre a OLP e Israel em 1994/95 como parte dos Acordos de Oslo, estipula que os palestinos usufruam de 20 milhas náuticas no litoral de Gaza. Contudo, Israel nunca honrou sua palavra. Sua marinha vive perseguindo os pescadores e dizimando paulatinamente a indústria pesqueira local. Dez anos antes, 3.000 toneladas de peixe chegava anualmente aos mercados da Faixa. Em 2008, menos de 500, e só graças à presença de ativistas internacionais que inibiam um pouquinho os ataques ilegais do ocupante.
Como se este estrangulamento dos recursos naturais palestinos não bastasse, no dia 10 de novembro Israel voltou a punir a Faixa coletivamente selando o presídio a céu aberto por tempo indeterminado. Proibiu a entrega de produtos vitais, tais como alimentos básicos e combustível para as fábricas, carros e materiais à central elétrica. Mais de 30% da população foi logo mergulhada no escuro e as filas nas padarias eram quilométricas devido à carência de farinha.
As condições humanitárias se deterioraram e observadores internacionais reclamaram em ouvidos moucos: "Israel’s tight siege has affected all aspects of Palestinians’ lives and violated their human rights, which are protected by international human rights and international humanitarian law. Gaza’s power plant has suspended its work for the third day in a row due to lack of fuel necessary to run it. Hospitals and clinics are greatly affected. Not only do they suffer from suspension of surgery sections and intensive care unis, but also from the damage to vaccines and serums that are preserved in refrigerators. Moreover, tens of thousands of Palestinians suffer from a severe shortage of drinking water. Power failure also disrupts sewage treatment plants and internal transportation due to the lack of fuel, besides having negatively impact the education sector especially that the crisis is worsening with the start of school mid-term exams. Students and teachers also have difficulties when they go to their schools and universities."
No dia 16 a situação se agravou com bombardeios, além do bloqueio inexpugnável. 
A IDF voltou a quebrar a trégua militar matando mais quatro palestinos: Talal al-Amoudi (23), Muhammad Hassouna (22), Ahmad al-Hilo (22), and Basil al-Uff (21). E o Hamas voltou a lançar seus foguetes artesanais além da cerca.
No dia seguinte, Jonathan Cook botou a boca no trombone para ver se alguém no ocidente se importava: The real goal of Israel's Gaza blockade
No dia 18, após oito dias de bloqueio total e bombardeios esporádicos, Bentita Ferrero-Waldner, comissária de relações internacionais da União Européia declarou: I am profoundly concerned about the consequences for the Gazan population of the complete closure of all Gaza crossings for deliveries of fuel and basic humanitarian assistance.” Karen AbuZayd, chefe da UNRWA, agência da ONU para os refugiados palestinos, acrescentou a propósito do embargo total:  “This has alarmed us more than usual because it’s never been quite so long and so bad, and there has never been so much negative response on what we need.” 
Tinha razão. E diante da deterioração das condições de vida da população e aos 20 compatriotas mortos, o Hamas foi acionado e reagiu com uns foguetes artesanais que feriram dois israelenses. E aí a grande mídia falou no tit-for-tat, que começou mesmo com os ataques israelenses que quebraram o cessar-fogo com a desculpa de destruir os túneis de contrabando - vitais à sobreviência da população por causa do bloqueio.
"The timing of Israel’s breach of the ceasefire is curious in that hundreds of these smuggling tunnels have existed ever since Hamas took over the strip in June last year. They have been used to smuggle everyday necessities as well as arms because the territory is hermetically sealed by Israel". Questionou um representante da ONU enquanto que John Ging, diretor do UNRWA em Gaza, mostrou-se preocupado com a situação: Last week we were unable to feed 60,000 of Gaza’s neediest refugees due to our warehouses running out of food. UNRWA supplies half of Gaza’s population of 1.5 million people with emergency rations, and 20,000 people are fed per day when there are adequate supplies.” Nesse período de bloqueio integral, 70 por cento da Faixa sofrera com blackouts e os jornalistas estrangeiros foram proibidos de entrar na Faixa.
Nesse ínterim, a Autoridade Palestina (AP) em Ramallah bloqueava o site Donia al-Watan (http://www.alwatanvoice.com), da Faixa de Gaza. Quem o acessava se deparava com a mensagem: We are sorry, the site was blocked based on attorney General instructions [sic].” 
Abbas não submeteu a questão a nenhum debate. Decidiu livrar-se deste incômodo e mandou fechar o site que denunciava seus maus atos, mas o diretor Abdallal al-Issa não ficou calado:. “We are surprised at these violations emanating from the president of the PA who appears to have forgotten that he was one of the biggest critics of the policies of the late Abu Ammar [Yasser Arafat]. But the late former leader Arafat never signed off on such orders and did not shut down publications.” 
A razão do fechamento do site, segundo Abdallah, foi a publicação de dezenas de relatos da corrupção que reinava em Ramallah. "When Arafat was in office, the site would receive complaints,but no such action had ever been taken against us." Al-Issa criticou Arafat por não ter combatido a corrupção, mas mostrou-se saudosista, “but at least we could write about it.”
Abdallah então publicou o artigo The Ramallah Banana Republic,” no qual criticava severamente Abu Mazen (Abbas) e a AP pela repressão e pediu apoio aos jornalistas locais e estrangeiros para fazê-lo mudar de ideia. 
Israeli blockade plunges Gaza into darkness 24/11
Enquanto a AP navegava em águas turvas na Cisjordânia, ONGs de Direitos Humanos fizeram o balanço da situação periclitante da Faixa de Gaza.
Three out of five mills operating in the Gaza Strip have stopped operation, and the remaining two are expected to join them by tomorrow due to the lack of wheat. There is also a shortage in drinking water, especially in high buildings due to repeated cutting of electricity.
In a grave development, several bakeries have stopped working due to the lack of fuel, cooking gas, electricity and flour. Developments at this level can be summed up in the following: There are 72 bakeries in the Gaza Strip: 47 that produce Syrian bread; 10 that produce Iraqi bread, and 15 that produce other kinds of bread and pastries. 29 bakeries that produce Syrian bread have completely stopped operation, while eight bakeries have been working in a lower capacity.
Nineteen bakeries of Syrian bread, which is the most consumable kind of bread in the Gaza Strip, use cooking gas, eight others use electrical power, and the remaining four others use diesel.
Seventeen bakeries that depend on cooking gas have stopped working due to the lack of cooking gas and eight bakeries that depend on electrical power have been working partially due to the repeated cutting of electricity.
The population of Gaza City (approximately 570,000 people) depend on the bread produced by four bakeries that depend on diesel for operation.
Ten out of 15 bakeries that depend on cooking gas for operation in the central and southern Gaza Strip have completely stopped operation, and the remaining five are expected to join them by Saturday, 22 November 2008, if the shortage in cooking gas continues.
The last amount of cooking gas provided to bakeries in the Gaza Strip on 4 November 2008 was only 40 tons, which can hardly allow them to operate for one week.
Health facilities have been facing a serious crisis due to the shortage in electrical and fuel supplies, which has in effect limited their ability to provide medical services to patients. Additionally, at least 45 kinds of medicines have been lacking in the Gaza Strip. Shifa Hospital, the largest hospital in the Gaza Strip is a clear example of the impacts of shortages in electricity and fuel supplies on medical services provided to patients. According to sources of the hospital, several electricity generators need maintenance, which cannot be performed due to the lack of spare parts, whose entry has been banned by IOF. According to those sources: The main electricity generator, which generates 900 kilovolt amperes needs maintenance and IOF refuse to allow the entry of spare parts for it, although the ICRCintervened with IOF to allow the main keypad which is required for its maintenance.
Prince Nayef Center for Carcinoma and the Magnetic resonance imaging machine have been stopped due to the lack of high voltage electricity.
The hospital suffers from a shortage in cooking gas which is used in disinfection and in preparing food for patients.
There are serious concerns that some vital medical equipments in hospital in the Gaza Strip, including artificial breathing sets in intensive care units, may stop working. Pasteurization machines may also stop working due to the lack of electricity and fuel.
Israel não se preocupava nem um pouco com o campo de concentração gigante que criara e mantinha sua política de coagir os doentes gazauís a trairem a pátria virando informante do ocupante. 
Aí a ONG de Direitos Humanos Al Mezan voltou a denunciar a chantagem feita aos palestinos que precisavam de tratamento na Cisjordânia ou fora: Colaborar com o inimigo atuando como espião do ShinBet ou arriscar a morte por falta de tratamento médico inacessível na Faixa.
Citou um caso entre milhares, o de Khalid Abu Hammala, de 38 anos, que morrera no dia 28 de outubro por não ter podido passar no posto de Erez porque recusou-se a virar dedo-duro em troca do tratamento que precisava no Cairo. Tinha cirurgia marcada para desobstrução de uma artéria.
Eis o relato do calvário de Khalid que é o mesmo de milhares de palestinos forçados a colaborar com o inimigo: He passed away on Tuesday morning, 28 October 2008, after he was denied access to a hospital. The IOF [Israeli occupation Forces] at Erez asked him to collaborate with them otherwise he would not go through to the West Bank. On Tuesday, 9 September 2008, despite his critical medical condition, Israeli intelligence at the crossing submitted him to an interview during which, an Israeli officer told him that he was allowed to travel, however, the officer insisted that he returns, otherwise he would not be allowed to pass. On the following day, Abu Shammala returned and to his surprise, the Israeli officer asked him to collaborate with him and he would be granted access to the hospital in Israel. When Abu Shammala rejected his offer, the intelligence officer told him to go home, saying, “Khalid, God cures. Go back to Gaza to receive treatment.” The deceased refused to collaborate with the Israeli intelligence and stayed at the European Gaza Hospital during this time until he was announced dead at around 8:00am on Tuesday, 28 October 2008.
Em entrevista coletiva, a ONG israelense Physicians for Human Rights voltou a denunciar a prática do Shin Bet apresentando 30 casos documentados de pacientes como Khalid que eram forçados a colaborar para receberem tratamento médico inacessível na Faixa.
O caso de Khalid não foi o primeiro e não seria o último, pois a denúncia caiu em ouvidos surdos.
A briga com o ocupante continuava e também a interna. Para tentar resolver seus conflitos, os palestinos se preparavam para uma reunião no Cairo. A iniciativa fora do Egito, que propusera um plano de reconciliação entre o Fatah e o Hamas. A proposta era a formação de um governo nacional unitário, a reforma da OLP e das forças de segurança da Autoridade Palestina e a preparação de novas eleições gerais. 
Porém o Hamas anunciou que não participaria por causa da perseguição e prisões de membros de seu partido feita pela AP na Cisjordânia, sob ordens de Israel; e também por não concordar com a extensão do mandato de Mahmoud Abbas na presidência. Os nabluenses, da foto ao lado, que pediam a união, não foram ouvidos. Nem a maioria absoluta dos palestinos.
Abdelaziz Shadi, coordenador de Estudos Israelenses na Universidade do Cairo criticou a AP de maneira velada: “Abbas has nothing to show for the negotiations except empty promises from the Israelis. He’s desperate to bolster his domestic standing, which is on the wane even among his own Fatah cadres. And while vainly negotiating with Israel, Abbas — still smarting over the loss of Gaza — adamantly refuses to talk to Hamas.” 
Israel's apartheid wall 16/11
E a violência israelense sobrou até para britânicos. O deputado Liberal Democrat foi agredido por soldados da IDF em uma passeata pacífica que contava com a presença de palestinos, israelenses e estrangeiros que protestavam contra a extensão do muro que dividia lavouras de camponeses palestinos, em Bil'in. na Cisjordânia.
Davies criticou a política dos dois pesos e duas medidas dos EUA em relação a Israel e questionou a política européia em relação ao Hamas, argumentando "Hamas is fighting an occupation" e à pergunta da mensagem que queria mandar para Israel, respondeu: What is your end goal? Put all your cards on the table and tell us what you are really trying to achieve. Your actions on the ground, which appear to impede progress at every turn, are not matching your words of peace and progress. It is beginning to look like a deliberate conspiracy.
Mas o interessante da ocupação israelense é ser pública e mesmo assim seus horrores perdurarem porque a ilegalidade é apoiada por muita gente influente. Sionistas convictos, ignorantes, covardes, venais, a cada um dos cúmplices pode-se dar um rótulo. Mas a maioria é por ignorância ou simplesmente por não querer ser difamado pela hasbara ou por não querer indispor-se com milionários sionistas. Como os donos do Marriott Marquis hotel, de Manhattan, que indiferentes às manifestações de milhares de pessoas nos EUA que representavam oito ONGs humanitárias, permitiram que seu hotel sediasse um evento de captação de fundos para as colônias israelenses ilegais em Hebron. Será que sabiam que os colonos judeus que se instalaram em Hebron destruíram totalmente a vida dos nativos palestinos e a alma desta cidade que data do período filistino?
 A carta que as ONGs mandaram para a gerência do hotel era clara: The Marriot Marquis will be facilitating activities that directly violate international law and US foreign policy, actively promote racial discrimination, and, at least indirectly, support brutal Israeli settler attacks on Palestinian civilians and the ethnic cleansing of Palestinians from Hebron.” 
O evento aconteceu assim mesmo e rendeu bastante dinheiro para os hooligans judeus, armados até os dentes, que aterrorizam as famílias nativas diariamente.
Hebron 11/11
No dia 18, Shimon Peres foi recebido em Oxford em um clima de revolta dos estudantes que o receberam o desmascarando:  You are a war criminal!
Fizeram bem. No vídeo abaixo o lobo em pele de carneiro mostra sua má índole. 
Silent women in black, shouting students, small babies in prams, university lecturers and a local elected official were just some of the crowd gathered to voice their protest against an Oxford college’s decision to honor Peres on Tuesday, 18 November as he gave the inaugural lecture in a series to be named after him. Some handed out leaflets and many were carrying signs, one of which read “Globalization of Apartheid,” a pun on the title of the lecture, “Globalization of Peace.”
War criminal Shimon Peres shows his real nature
Enquanto Peres era vaiado em Oxford, em Gaza, a IDF continuava a perseguir os pescadores, prendendo 15 deles. Como disse acima, embora os palestinos tenham direito legal de pescar em suas águas territoriais de 20 milhas náuticas, os Acordos de Oslo a reduziram a 12 e desde 2006 Israel a diminui paulatinamente. Em novembro de 2008 a 'tolerância' era de seis milhas.
Nosso saudoso Vik, jornalista italiano Vittorio Arrigoni que abraçou a causa palestina, estava presente em um dos barcos atacados e filmou a cena até a hora que foi preso.
Adham, um dos pescadores detidos, contaria mais tarde em nome próprio e dos mais de 3.500 pescadores profissionais que sustentam suas famílias e a população com o fruto de seu trabalho dificil: We’re used to facing Israeli attacks in the sea, but we’ve never seen anything like what happened today. Usually, the Israeli soldiers surround us with a large ship and a smaller gunboat. They shoot at and around our boat with automatic rifles, and they water cannon the boat. When they arrest us, they make us strip down to our underwear, jump into the water, and swim to their ship where we are then hauled up, handcuffed, and taken away to an Israeli interrogation center and even arrest. Today was very different. It’s the first time they’ve actually boarded our boatsIt is not only my family which is punished by the boats’ confiscation. Our boats are like a company. Around 300 people in total are affected by the loss of our two trawlers: other workers employed on the boats, at the docks, in the fish market, transporting fish goods, as well as the buyers themselves who have come to rely heavily on the sea’s offerings as a source of protein and nutrition at a time when red meat is scarce and very expensive. Not mentioning, the mothers that count on us to nourish their children."
Outro pescador acrescentou; “In the past, I’ve had my boat confiscated. It was three years ago, and the Israeli soldiers arrested Rami, who was fishing four miles off the coast. They held him for four months, and kept our boat for 70 days. This was a huge loss to us, and when it was finally returned to us it had been seriously damaged by the soldiers’ shooting. The nets, the motor, everything was destroyed or stolen. The total losses and damages amounted to US $40,000."
Os 15 pescadores foram soltos no dia seguinte, mas seus barcos e três ativistas estrangeiros continuaram detidos.
Darlene, uma das ativistas que estava no terceiro barco, relatou a abordagem dos soldados: They used a taser on Vik while he was still on the boat, then tried to push him backwards onto a sharp piece of wood. He jumped into the sea to avoid being hurt more than he already was, and was in the water for quite a while. Almost 20 soldiers had boarded the boat, pointing their guns in our faces and ordering us not to move. They left the captain, Mohammed, on the boat and forced us off and onto the smaller boat, which transferred us to the larger gunshipI was told ‘You are in Israeli territory.’ even though it was obvious that all three boats were in Palestinian territory. They kidnapped me and Andrew and Vik, and all of the Palestinian fishermen.”
Mohammed, o capitão do barco, estava aliviado por não ter sido ainda mais humlhado, “This was the first time we weren’t forced to strip and jump into the water.” 
Durante o interrogatório, os pescadores entenderam a manobra do Shin Bet ao serem interrogados. Os agentes queriam informação sobre os observadores internacionais: “Why did you have internationals on your boat?” “Who is responsible for sending the internationals? Who pays them? Where do they live? Do you get a good catch when the internationals are on board?” E no fim, os interrogadores do Shin Bet fizeram uma ameaça velada: You think that you have protection because you have internationals on your boat? Let’s see what these international can do for you now.”
Desta vez, a detençao dos pescadores era uma mensagem para os estrangeiros pararem de acompanhá-los e de documentarem seus atos ilegais: “It’s a message to internationals in Gaza to not accompany fishermen. It’s also a message to fishermen not to go far out in our own waters, although we need to because that is where the fish are.”
Tempo perdido porque o abuso não dissuadiria nenhum deles. O Vik contaria ao telefone:  A few days ago I was in a big prison with no electricity and little running water [Gaza Strip]. Now I’m in a smaller prison with electricity and clean, running water.”
Três dias mais tarde os três ativistas estrangeiros começaram greve de fome para que os israelenses devolvessem os barcos pesqueiros 'confiscados' e para retornarem a Gaza.
O incidente aconteceu uma semana depois de 11 parlamentares europeus serem barrados no Rafah crossing que separa a Faixa do Egito. Entre eles estavam o ex-Secretary of State for International Development Clare Short, Lord Ahmed Nazire, a baronesa Jenny Tonge. Esta condenou as prisões arbitrárias: The time has come for the international community, and especially the European Union to take action against Israel’s consistent breaking of international law. The EU-Israel Association Agreement should be suspended until Israel complies with this law. It was only last week that I personally met with the fishermen whose boats are illegally water-cannoned and fired upon by Israeli gunboats as they peacefully fish in Gaza waters.” 
Clare Short estendeu sua crítica ao sítio devastador que Israel impunha à Faixa nos últimos 18 meses:. “I am pleased that the fishermen have been released because they should never have been arrested. But their boats must immediately be returned to them, otherwise their livelihoods are lost and the wrong has not been righted. The siege of Gaza must be lifted and the UK must insist that these illegal attacks by the Israeli navy on Gazans, fishing peacefully within their own water must cease.”
Na época, Israel detinha mais de 11.000 palestinos em seus presídios e o bloqueio da Faixa de Gaza piorava dia a dia.
O endurecimento do governo israelense se devia a uma prática conhecida de longa data. A de usar massacres para angariar votos. Nas proximidades de eleições, bombardear Gaza é praxe.  Toda eleição em Israel é precedida de ções mililtares no Líbano ou na Palestina.
Desde a quebra do cessar-fogo no dia 04 com tanques e mísseis (provocando a resistência para que reagisse) que Israel estava implementando a 'dieta' dos gazauís e endurecendo o bloqueio por todos os meios.
No dia 25 de novembro, 15 dias após a retenção total de víveres e combustível, Israel entreabriu a fronteira e John Ging, diretor do UNRWA não escondia sua alegria, mas não poupou críticas : The situation is very desperate at the humanitarian level, I mean people have been stripped of their dignity here, it is a struggle to survive for every body. 750,000 of the people here in Gaza are children of the one and half million population.
We are finding it increasingly difficult. It was unprecedented that we ran out of food, which we did over 10 days ago. The closures are becoming more and more restrictive, the situation here is getting worse and worse. Sadly, it’s not new news from Gaza, bad news from Gaza does not get headlines any more, that’s part of the problem. But there are a million and half people living here; all the time the situation is becoming more and more difficult for them.
There was five months of a ceasefire in the last couple of months, where the people of Gaza did not benefit; they did not have any restoration of a dignified existence. We in fact at the UN, our supplies were also restricted during the period of the ceasefire, to the point where we were left in a very vulnerable and precarious position and with a few days of closure we ran out of food.
There has to be a change in approach, a change in a policy, we now, hopefully, enter a new period of the ceasefire. Good news for the civilian population in Israel, no more rockets being fired. Now we want to see the civilians here in Gaza benefit from the ceasefire, so that they have restored to them a dignified existence, which is very simple, open the crossings, let people move freely, allow exports, allow imports, create confidence among the population that this the way to go. No violence, security, peace and so on."
A situação na Faixa estava insuportável e a jornalista australiana Sonja Karkar desabafou a verdade: "Que tipo de governo no século XXI pode negar a um povo direitos humanos básicos, ou seja, o direito a comida, água, teto, segurança e dignidade?
Que tipo de governo impõe sanções draconianas a um outro povo por ter elegido democraticamente um governo que não é de seu agrado?
Que tipo de governo encarcera mais de 1.5 milhões de pessoas, proibe os pescadores de pescar em suas próprias águas e impede que a população faminta receba ajuda estrangeira?
Que tipo de governo priva um povo inteiro de combustível, alimento, água e eletricidade e depois o rega com bombas e balas?
A resposta é: nenhum governo idôneo. Contudo, governo após governo em Israel continua a pedir reconhecimento e cumprimento por sua democracia, que considera superior às demais mesmo infringindo as leis internacionais, e apesar de desrespeitar os direitos humanos e apesar da corrupção e da criminalidade de seus dirigentes. Pior ainda, o mundo aceita e acolhe com boas-vindas todos os governos desse país.
Isto deveria nos fazer parar e pensar na nossa nobre declaração de independência e direitos humanos, ética, moral, crenças religiosas, liberdades civis e Justiça. Estes são apenas vitrine ou significam alguma coisa? São apenas para alguns ou para todo mundo?
O presidente de Israel Shimon Peres é um desses líderes que incrementaram políticas e programas agressivos de ocupação e apesar disso a rainha Elisabeth o honrou com uma knighthood e seu nome pode vir a ser honrado com uma série de matérias no Oxford University’s Balliol . Honras duvidosas para um homem que ajudou a expulsar 750 mil palestinos de suas casas durante a Naqba."
A íntegra do artigo de Sonia: Gaza's death throes, and no one's listening.
O 'escândalo' do mês de novembro, se não tiver sido do ano, foi causado por um padre nicaguarense eleito presidente da Assembléia Geral da ONU em setembro, por um ano. O padre Miguel d'Escoto Brockmann, aproveitou o Dia de Solidariedade com o Povo Palestino para botar a boca no trombone: The General Assembly, 61 years ago this month, adopted a historic resolution (181) calling for the creation of a Jewish State and an Arab State. The State of Israel, founded a year later in 1948, celebrates 60 years of its existence. Shamefully, there is still no Palestinian State to celebrate. It has been 60 years since some 800,000 Palestinians were driven out of their homes and property, becoming refugees and an uprooted and marginalised people. Ihat is being done to the Palestinian people seems to me to be a version of the hideous policy of apartheid. I believe that the failure to create a Palestinian state as promised is the single greatest failure in the history of the United Nations.”
A Assembléia levou um choque elétrico com a coragem do padre. Um alto funcionário da ONU que mal escondia sua satisfação, comentou: I cannot remember any Assembly president so publicly vocal in denouncing Israel. D’Escoto damned both the Israelis and the UN for the plight of the Palestinians. And he was on target.”
A embaixadora de Israel, Gabriela Shalev, respondeu com a conhecida hasbara, chamando d'Escoto de "Israeli hater". ao que Stephen Zunes, professor de Estudos de Política Internacional na University of San Francisco, respondeu: As most of us who have actually visited the West Bank in recent years can testify, it really is an apartheid-like situation, with Jewish-only settlements connected by Jewish-only roads with Arabs allowed in only for menial labor while their communities — divided by hundreds of Israeli checkpoints — languish in increasing poverty and deprivation. Recognising this situation as it is and the critical importance of establishing a viable Palestinian state is not being anti-Israel, as an increasing numbers of Israelis themselves are recognizing, but is simply a reflection of reality.”
(A título de esclarecimento, o presidente da Assembléia Geral, eleito anualmente, é superior hierárquico ao Secretário Geral. E em conferências internacionais, é ele que representa os 193 membros. Quanto ao padre Miguel, o papa Francisco o reintegrou à Igreja em 2014, após 29 anos de banimento durante o papado de João Paulo II por causa de seu envolvimento na revolução sandinista contra o ditador Somoza.)
Outra nota positiva do mês foi a premiação da artista palestina Emily Jacir, nascida em Belém em 1970. Emily recebeu o Prêmio Hugo Boss bienal no dia 13 de novembro, que lhe dava o direito a uma exposição solo no museu Guggenheim de Nova York, em 2009. Seus compatriotas ficaram orgulhosos, e podiam, pois o trabalho de Emily é de ótima qualidade. Ela já fora premiada na Bienal de Veneza em 2007 e muitos prêmios e exposições seguiriam e a consagrariam no cenário internacional.
Mairead Corrigan, a irlandesa justamente premiada com o Nobel da Paz, fez o seguinte discurso na sétima International Sabeel Conference em Jerusalém no dia 19 de novembro de 2008: There is a way toward peace for Palestine.
E Omar Barghouti, fundador do BDS Movement, explicou as artimanhas de Israel para burlar o boicote neste artigo publicado na Electronic Intifada no dia 11: Boycotting Israeli settlement products: tactic vs. strategy.
Fecho este capítulo com outro artigo de Uri Avnery sobre Obama e as próximas eleições em Israel: "The day before yesterday, two documents appeared side by side in Haaretz: a giant advertisement from the Palestinian Liberation Organization (PLO) and the results of a public opinion poll.
The proximity was accidental, but to the point. The PLO ad sets out the details of the 2002 Saudi peace offer, decorated with the colorful flags of the 22 Arab and the 35 other Muslim countries which have endorsed the offer.
The public opinion poll predicts a landslide victory for Likud, which opposes every single word of the Saudi proposal.
The PLO ad is a first of its kind. At long last, the PLO leaders have decided to address the Israeli people directly.
The ad discloses to the Israeli population the exact terms of the all-Arab peace offer: full recognition of the State of Israel by all Arab and Muslim countries, full normalization of relations - in return for Israeli withdrawal to the pre-1967 borders and the establishment of the Palestinian state, with East Jerusalem as its capital, in the West Bank and the Gaza Strip. The refugee problem would be solved by mutual agreement – meaning that Israel could veto any solution it considered unacceptable.
I have said it before: if this offer had been made on June 4, 1967, the day before the Six Day War, Israelis would have felt as if the Messiah had arrived. But when it was published in 2002, many Israelis saw it as a cunning Arab ploy to rob Israel of the fruits of its 1967 victory.
The Israeli government has never officially reacted to this historic offer. Public opinion and the media ignored it almost completely, walled in by the national consensus that there is no chance for peace.
Recently, the old offer woke up to new life. Shimon Peres and Ehud Barak discovered it suddenly, as if they had found a treasure in a hidden cave. Tzipi Livni discovered that it has some interesting points. That is the background to the blessed initiative of Saeb Erekat’s “PLO Negotiation Department” to publish the ad.
Israeli public reaction: nil.
The public opinion poll, on the other hand, made a deep impression. It cast its shadow over the entire political arena...
Meaning: if the election had taken place this week, the outcome would have been a Knesset devoted to the continuation of the occupation, the settlements and the annexation. Binyamin Netanyahu would be Prime Minister and would be able to choose freely between a dozen possible compositions of the next government coalition.
How did Netanyahu achieve such a status? After all, 10 years ago he was shamefully thrown out of the Prime Minister’s office by a public that had decided that they could not stand him for one more day. No other previous prime minister has attracted so much opposition, disgust and even loathing.
For several months now Netanyahu has been behaving like a model pupil. He kept silent when it was right to keep silent. He acted in a statesman-like manner. And then, like a magician at a children’s birthday party, he pulled one rabbit after another from his top hat. Every few days another personality joined Likud with much fanfare, in a well controlled selection and dosage: Binyamin Begin, a man of the extreme right and Dan Meridor, of the moderate right, Assaf Hefetz, former police chief and Moshe (“Bogi”) Yaalon, former army chief, and more and more. Big and small stars, who gave the impression that Likud is now regarded by everybody as the coming governing party. A multicolored party, a party of renewal, headed by an experienced and responsible leader. A party in which there are many shades of opinion, but which is united by a platform that says no to withdrawal, no to a Palestinian state, no to any compromise on Jerusalem, no to any meaningful peace negotiation. And, of course: no to the Arab peace offer.
Is there a yes? I almost forgot: Netanyahu proposes an “economic peace” – to ameliorate the situation of the Palestinians in the West Bank, so that some day in the future, before or after the coming of the Messiah, Israel could perhaps reach an accommodation – and perhaps not. But economic amelioration under an occupation regime is, of course, an oxymoron. Occupation arouses resistance, resistance arouses repression, repression means economic punishment. Nobody is going to invest money in an occupied territory.
If Netanyahu is elected, we must expect four years in which we shall not only not advance toward peace by one single inch, but, on the contrary, the ongoing thrust of the settlement enterprise will push peace ever further away...
Barack Obama will enter the Oval Office twenty days before the Israeli elections. He has still got a chance to have a decisive impact on the outcome. Nobody in Israel wants to quarrel with the United States.
If the new President announces immediately after taking office that he is determined to achieve peace between Israel and the Arabs in the spirit of the Saudi peace initiative, before the end of 2009, this will influence many voters.
If Netanyahu is elected, President Obama will be faced with a dilemma: either to enter into a serious conflict with the Government of Israel, with all the American domestic implications, or to leave peace in the freezer, like his predecessors.
The American elections were important for Israel. The Israeli elections will be important for America, too."
No Comment: Clashes in Hebron with settlers

Reservistas da IDF, forças israelenses de ocupação,
Shovrim Shtika - Breaking the Silence
How can you impose so many curfews and expect people to live?
Rank: Sergeant;  Unit: Civil Administration;  Area: Hebron.
Earlier you said a few words about how you could understand some of the complaints. I did. Like what? Not things that happened to me specifically, but things I heard about in the media, things that happened, about delays, that they didn’t want to let a pregnant woman cross—situations which apparently happened. They put up checkpoints all the time, and one of the biggest responsibilities I had there was to understand where all the checkpoints were located. The checkpoints were put up at random, and apparently this was pretty unpleasant, and the complaints were about how they couldn’t get to work. I remember something that bothered me personally—I didn’t understand the whole thing with the curfews. In Hebron there were tons of curfews, I don’t remember the number of days, but I do remember just being in shock at how we set curfews so often and expected people to live like that. I really didn’t understand how they expected people to exist. If you make people’s lives so difficult, how do you think you’ll solve any problems? You’re only creating more people who are going to hate you deep in their hearts for the rest of their lives. I’m sure that if they put me under curfew for 360 days, what would I do? The way I saw it, it just wasn’t realistic, and I remember talking about it and no one understood what I was talking about. They said, “security risk.” Great, security risk, but these are people, and they need to live. Where do they get their food? How do you make money to eat when you’re under curfew? You talked to officers and friends? I’d talk to officers and friends. I did 8/6 [eight days on the base, six at home] and I had a lot of time to forget that I was in the army. The six days when you’re in Israel, you easily forget what you’re doing. The eight days on the base go by quickly because you sleep there.
Rank: Staff Sergeant;  Unit: Givati - Rotem Battalion;  area: Hebron.
I remember that someone once asked me over the radio to do something, so I walked from one post to another in total darkness in Hebron, two minutes walk, and when I got back to the post I thought to myself, you’re simply nuts. Anyone who’d see you out there would kidnap you and end your life. Alone at night in Hebron, with all due respect to weapons and all. And there was this shop we went into. We always used to ask Palestinians there to buy stuff for us. We always bought at this store. Once we went into this Palestinian shop and no one was there, it was totally scary. You go in. Israeli soldiers don’t go in there. You’re afraid and you don’t want to and it’s against all regulations. It’s a really big security risk. On the other hand, if some commander catches you, you’ll go to jail or at least be grounded. I remember being on the post and then one of the guys, someone else, one of the young ones who had no problems, he replaced me at the post. Regulation-wise it’s breaking your guard shift. Because he didn’t go through procedure or anything. So he replaced me and four of us went out to get something from the shop. Because we couldn’t find anyone else to buy for us.
So what did you do?
Yes, mostly the children. “Jib al-hubz” (get bread) and pita bread and stuff like that, and he’d get it for you. They’d always get it.
You’d give him money?
Yes, yes, everything with money. He’d bring back change. They were like messengers. We didn’t pay them extra. I remember that I was really impressed with how nice they were. Years later I realized that they did out of fear. A soldier comes to you and asks you to do something, he was afraid of what you’d do to him if he refused.
 Ofer  II
NEWS
PCHH: Weekly Reports | Palestinian Center for Human Rights 
. Oficial da IDF admite que atiram nas rótulas e nas pernas dos meninos e adolescentes palestinos para aleijá-los para sempre: "We will make you all disabled!", yells an IDF officer to Palestinian youth. That's why Israeli soldiers soot their kneecaps and legssince the Second Intifada. 
. Haaretz: Is the IDF Conducting a Kneecapping Campaign in the West Bank? . Father Daniel Barrigan's 1973 prophecy: Israel is becoming the bomb of the Jewish soul.
BRASIL 
 
Caros Amigos
Base militar US no Paraguai para apoderar-se da América do Sul